Campanha Setembro Amarelo 2021: conheça os principais sinais de alerta e fatores que podem agravar o risco do suicídio

No mês de setembro buscamos conscientizar sobre a valorização da vida e prevenção ao suicídio. Muitas pessoas, que inclusive podem estar à sua volta, enfrentam silenciosamente problemas como a depressão, o que pode aumentar o risco de suicídio. Justamente por ser uma luta silenciosa, às vezes não percebemos os sinais que poderiam nos alertar e mostrar que aquela pessoa precisa de ajuda. Mas afinal, quais sinais são esses?

O diagnóstico preciso dessa doença depende de um profissional capacitado, mas podemos observar alguns sinais que indicam que a pessoa deveria ser avaliada por um profissional. Por exemplo, se você percebe que houve uma mudança de humor, e a pessoa fica mais triste, mais mal-humorada ou com mais dificuldade para se relacionar com as outras pessoas. Se ela relata que tem estado mais emotiva com acontecimentos do dia a dia e chora com facilidade. Se há dificuldade para dormir ou, ao contrário, vontade de dormir o tempo todo. Até mesmo a capacidade de trabalhar e ser produtivo pode ser prejudicada pela depressão, então, se você percebe um colega que começou a render menos ou está com dificuldade para cumprir metas no trabalho, tudo isso pode indicar que talvez ele precise de ajuda psicológica. Também é comum que a pessoa deprimida tenha menos apetite e menos vontade de fazer coisas que antes ela gostava.

No entanto, é importante lembrar que ainda existe muito preconceito e desconhecimento em relação à doença, de tal forma que, às vezes, a pessoa que está deprimida faz um esforço enorme para esconder o que sente. Então,  não se engane: mesmo aquela pessoa que parece bem-humorada e produtiva pode estar carregando um fardo pesado. Por isso, devemos sempre respeitar e buscar entender quando uma pessoa que não imaginávamos recebe um diagnóstico de depressão. Muitas vezes a parte mais difícil para quem está deprimido é justamente essa luta para esconder o que está sentindo.

Além da depressão, outros fatores podem servir de alerta para um risco maior à vida, como transtornos de ansiedade e também dependência química, incluindo o alcoolismo. Também é importante saber que homens têm um risco maior de se suicidarem do que mulheres, o que geralmente é explicado pela maior agressividade e impulsividade do homem, tanto devido a fatores hormonais, quanto sociais. Vale lembrar que homens possuem uma tendência menor de procurar ajuda quando estão passando por dificuldades ou por algum sofrimento, o que acaba contribuindo para o maior risco de suicídio entre eles.

O estado civil também pode determinar um risco maior ou menor. Pessoas solteiras e divorciadas estão mais propensas do que aquelas que têm um relacionamento estabelecido. O fato de ter filhos também funciona para diminuir o risco, enquanto que pessoas mais solitárias apresentam risco aumentado. Vale lembrar que o isolamento social pelo qual passamos contribuiu para agravar a solidão de muitas pessoas, especialmente idosos.
O desemprego e as dificuldades econômicas também são fatores muito significativos. Por esse motivo é tão importante essa conscientização nesse momento de pandemia em que tantas pessoas perderam empregos e estão passando por muitas privações.

Em relação à idade, o maior risco de suicídio está naquelas fases de grandes mudanças na vida, ou seja, principalmente no início da idade adulta e na velhice. O jovem adulto muitas vezes está lidando pela primeira vez com responsabilidades com as quais não está acostumado e isso pode gerar intenso sofrimento. Por outro lado, o idoso adentra uma fase de redução de suas atividades e do contato social, o que contribui para se sentir menos valorizado, menos amado e mais solitário.

A época do ano também pode contribuir para isso, sendo mais perigosas aquelas próximas de datas comemorativas, como o natal. Essas datas despertam lembranças e podem aguçar ainda mais o sentimento de solidão e de abandono.

Muitas vezes, as questões relacionadas ao risco de suicídio são complexas, mas conhecer os fatores de risco acima pode ser o ponto-chave para identificar uma pessoa em situação de vulnerabilidade e conseguir estender a mão para ajudar. Sua ajuda pode ser mais importante do que você imagina. Tendo lido esse texto, tem alguém que você gostaria de chamar para conversar?

Para saber mais sobre este informativo

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