Rio de Janeiro recebe encontro internacional sobre samba, escravidão e patrimônios da cultura negra.
Em evento do Museu do Samba, universidades e museus na África, Brasil, Estados Unidos e Caribe debatem temas como racismo, justiça social e valorização dos legados culturais de africanos e afrodescendentes.
O Museu do Samba, em parceria com a UFF (Universidade Federal Fluminense) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), realiza nos dias 20, 21 e 22 de outubro, das 11h às 17h, o I Encontro Internacional Samba, Patrimônios Negros e Diáspora. A programação vai reunir os principais museus especializados em memória da escravidão e da cultura negra de países do Atlântico Negro – eixo entre África, as Américas e o Caribe em que ocorreu o tráfico de africanos escravizados -, universidades do Brasil e exterior, e representantes de manifestações de matriz africana como o samba, o candomblé, o congado, o jongo e a morna de Cabo Verde.
O evento será totalmente remoto, com transmissão pela plataforma Zoom, e emitirá certificado de participação. A inscrição custa R$ 30 e pode ser feita no site https://www.even3.com.br/patrimoniosnegros2021/ , onde também é possível conferir a programação completa e o perfil dos convidados.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail da organização: encontropatrimoniosnegros@gmail.com .
Os especialistas vão discutir diferentes experiências museológicas de registro da história da escravidão ao redor do mundo, a necessidade de valorização dos legados africanos e de seus patrimônios culturais imateriais, o combate ao racismo e a promoção de justiça e inclusão social para povos afrodescendentes.
No dia 20, o tema será Diáspora, Direito à Memória e Antirracismo; no dia 21, Musealização da Escravidão e da Cultura Negra; e no dia 22, Patrimonialização da Cultura Afrodiaspórica. O Encontro terá convidados do Museu Nacional da Escravatura (Angola), Barbados Museum & Historical Society (Barbados), Penn Museum Africa Collections (Estados Unidos), Museu Histórico Nacional (Brasil), da MUCH – Museums for Change, da International Coalition Sites of Conscience e da UNESCO.
Participam dos debates e palestras representantes e pesquisadores das seguintes universidades: Brown University (Estados Unidos), Rutgers University (Universidade Estadual de Nova Jersey, Estados Unidos),
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal de Juiz de Fora, Pontifícia Universidade Católica do Rio, Universidade de Brasília, Universidade Federal da Bahia.
No encerramento da programação, dia 22, o grupo Matriarcas do Samba apresenta o show “Cantando e Contando a História do Samba”. O quarteto é formado por Nilcemar Nogueira, Geisa Keti, Vera de Jesus e Selma Candeia, que são, respectivamente, neta de Cartola, filha de Zé Keti, neta de Clementina de Jesus e filha de Candeia. No repertório, alguns dos maiores clássicos do samba se alternam com histórias inéditas dos bastidores da vida familiar e do processo de criação dos lendários sambistas.
O I Encontro Internacional Samba, Patrimônios Negros e Diáspora é realizado por meio da parceria do Museu do Samba com o LABHOI – Laboratório de História Oral e Imagem e o Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense da UFF, e com o LEÁFRICA – Laboratório de Estudos Africanos do Instituto de História da UFRJ. A programação conta com apoio da ForLar (For Latin American Recovery), da Faperj – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, do projeto Educasamba e do Pré-Vestibular Social Dona Zica.
Toda renda arrecadada com o evento será revertida para manutenção de atividades e projetos sociais do Museu do Samba.
Detalhes do evento:
Dia(s): 20 out - 22 out
Horário: 11h00 - 17h00
