Na quinta-feira, dia 05 de outubro, um intenso temporal, com ventos de até 53 km/h, atingiu Niterói e, consequentemente, as instalações da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Após a tempestade, a Instituição, por meio da Superintendência de Operações e Manutenção (Soma), adotou medidas emergenciais, realizando inspeções em todos os campi da universidade. Felizmente, não houve registros de feridos. A agilidade da equipe permitiu um mapeamento rápido dos danos, isolamento de áreas afetadas e planejamento imediato de ações reparadoras.
Para o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, o fenômeno que atingiu Niterói, testou não apenas a integridade das estruturas da Universidade, mas a resiliência de nosso espírito coletivo. “Quero, antes de tudo, expressar minha gratidão a todos que estiveram na linha de frente, garantindo que nossa prioridade número um fosse atendida: a segurança de todas as pessoas que compõem a UFF. Iniciamos imediatamente um protocolo de ação emergencial que só foi possível graças à dedicação e eficiência da nossa equipe integrada, Superintendências, Pró-reitorias, todos os profissionais envolvidos, e membros da nossa comunidade”, afirma o reitor.
Segundo o Superintendente de Operações e Manutenção, Mário Augusto Ronconi, em meio ao caos provocado pelo temporal, uma das maiores preocupações foi com os riscos associados à rede elétrica, sobretudo nos locais onde árvores caídas ameaçavam a integridade do sistema e a segurança das pessoas.
“No campus do Valonguinho, essa ameaça tornou-se uma realidade, exigindo o desligamento imediato da rede elétrica para prevenir incidentes maiores. O rompimento dos cabos de energia, resultante das quedas de árvores, não somente interrompeu o fornecimento elétrico como também colocou em risco laboratórios e amostras vitais, incluindo o Núcleo de Animais de Laboratório (NAL). Em uma resposta rápida, nossa equipe providenciou uma extensão emergencial a partir do prédio 30, próximo ao prédio da Odontologia, para garantir a alimentação dos sistemas de refrigeração do NAL. Adicionalmente, foi contratado um gerador para assegurar o fornecimento contínuo de energia”, explica o superintendente.
Os telhados comprometidos e as janelas quebradas pela intensidade dos ventos foram outra fonte de preocupação, principalmente porque muitos estudantes e profissionais encontravam-se em aula e em outras atividades acadêmicas nos campi. Diante deste cenário, uma das medidas tomadas foi a evacuação segura, quando necessário, e garantir que os que permanecessem estivessem em locais protegidos.
Nos blocos H e G, do campus do Gragoatá, as consequências da forte chuva podem ser notadas nos 60 vidros de janelas quebradas. Nos campi, aproximadamente 30 árvores foram perdidas devido à força do temporal. Em contrapartida, o Superintendente ressalta que apesar dos desafios, foi possível sanar parte dos prejuízos para a garantia da segurança das pessoas. Mário Ronconi destaca algumas das ações tomadas: recuperação provisória de telhados, limpeza dos espaços, retirada de árvores caídas, fechamentos provisórios dos vidros danificados, reparos na rede e restabelecimento da energia elétrica nos campi.”
No novo prédio do Instituto Arte e Comunicação Social, houve danos nos forros dos corredores, luminárias e janelas, além da porta frontal, que será substituída por uma estrutura vazada. Salas de aulas e laboratórios não foram atingidos. Para solucionar os danos, foi realizada uma vistoria e a própria construtora irá sanar os prejuízos, no âmbito do seguro da obra.
As equipes da força tarefa envolveram cerca de 150 de servidores da UFF e profissionais das empresas terceirizadas Vivacom, Decision Tean, Plataforma, SOLL, Rizoma e Persona que atuaram por mais de 48 horas. As manutenções seguem com o cronograma intenso para as próximas semanas.
"Este temporal nos lembrou de nossa vulnerabilidade diante da natureza e as consequências da destruição ambiental, mas também da força da união e do comprometimento que define nossa instituição. A UFF, demonstrou sua capacidade de resposta, cuidado e solução diante da adversidade. E enquanto trabalhamos na recuperação de nossa infraestrutura, mantenho firme a certeza de que nossa comunidade é, e sempre será, nossa maior fortaleza”, finaliza o reitor da UFF.
