No último dia 28 de setembro, saiu o resultado final da Chamada Conjunta Faperj-Serrapilheira na área de Ecologia e, dentre as 129 propostas enviadas, 12 foram selecionadas, sendo três da UFF, desenvolvidas no Departamento de Biologia Marinha. Com uma proposta de fomento à representatividade, o edital era destinado a jovens cientistas negros e indígenas sem vínculo empregatício e tinha como objetivo financiar novas linhas de pesquisa em Ecologia formuladas por pós-doutores negros ou indígenas que almejam obter, no médio prazo, uma posição formal como professor ou pesquisador.
Os recém-doutores selecionados receberão uma bolsa mensal de R$ 8 mil, além de até R$ 700 mil para o financiamento da pesquisa durante três anos, renováveis por mais dois anos. Tanto o auxílio para a pesquisa quanto a bolsa serão financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Serão ainda disponibilizados mais R$ 100 mil adicionais do Instituto Serrapilheira. Parte dos recursos do instituto deverá ser destinada especificamente à formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência.
Da UFF, os projetos selecionados foram: “Como a eutrofização impacta a qualidade nutricional das teias alimentares dos ecossistemas marinhos?”, de João Paulo Felizardo, com supervisão de Carlos Eduardo Leite Ferreira; “A erosão costeira e o desenvolvimento urbano afetam padrões e processos ecológicos em praias arenosas?”, de Keltony de Aquino Ferreira, com supervisão de Abílio Soares Gomes, e “O que determina a dimensionalidade das comunidades marinhas costeiras ao longo do Oceano Atlântico Sudoeste?”, de Rodolfo Leandro Nascimento Silva, com supervisão do professor Victor Corrêa Seixas.
Segundo o professor Abílio Soares Gomes, do Departamento de Biologia Marinha, o edital tem uma grande importância por se tratar de uma iniciativa inédita quanto à questão das ações afirmativas. “Foi um edital bastante concorrido. Foram 129 projetos do Brasil todo e, de todas as propostas contempladas, 40% são da UFF. É um resultado muito expressivo! Destaco ainda que 100% dos projetos das Ciências do Mar são da nossa universidade, mostrando a força da nossa pesquisa na área”, destaca.