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UFF é a primeira Universidade Brasileira a assinar a Declaração de Barcelona para Ciência Aberta

A Universidade Federal Fluminense é a primeira Universidade brasileira a compor as signatárias do documento internacional que estabelece prioridades de ações voltadas para a abertura da informação de pesquisa nos próximos anos.

A Declaração de Barcelona sobre Informação de Pesquisa Aberta propõe tornar a abertura de informações uma norma, visando decisões científicas transparentes, avaliações acessíveis e auditáveis, bem como o fortalecimento da Ciência Aberta. 

Em 24 de Outubro de 2024, a Superintendência de Documentação anunciou, ao vivo, na Primeira Semana Internacional de Acesso Aberto na UFF que a Universidade Federal Fluminense firmou um compromisso com a promoção da transparência e da acessibilidade na pesquisa científica para transformar a forma como a informação de pesquisa é utilizada e produzida.

A Declaração de Barcelona é um manifesto internacional criado por mais de 25 especialistas durante um workshop organizado pela SIRIS Foundation, em 2023, na cidade de Barcelona. O documento foi lançado para assinatura em abril de 2024.

As organizações signatárias comprometem-se a implementar esses princípios:

1 Faremos da abertura o padrão para as informações de pesquisa que usamos e produzimos.

2 Trabalharemos com serviços e sistemas que apoiam e permitem informações de pesquisa aberta.

3 Apoiaremos a sustentabilidade das infraestruturas para informação de investigação aberta.

4 Apoiaremos a ação coletiva para acelerar a transição para a abertura da informação da investigação.

 

A Declaração é vista como um passo significativo para o avanço da Ciência Aberta e na busca da democratização do acesso à informação científica, criando um ecossistema de conhecimento mais diversificado e inclusivo.

A dependência de infraestruturas proprietárias compromete a transparência, a reprodutibilidade e a soberania acadêmica, afetando decisões críticas na ciência. Em contrapartida, informações de pesquisa abertas, acessíveis e vinculadas por identificadores persistentes, promovem avaliações responsáveis, diversidade de perspectivas e benefícios coletivos. O apoio à abertura cresce com iniciativas globais como DORA, CoARA e os princípios FAIR, além de infraestruturas alternativas como Crossref, OpenAlex e SciELO. No entanto, a transição para um modelo aberto exige maior compromisso de organizações acadêmicas, financeiras e avaliadoras, como defendido na Declaração de Barcelona.

A iniciativa faz parte das ações de fortalecimento do Repositório Institucional da UFF (RiUFF). A equipe responsável, composta pelas bibliotecárias Jane Alice Teixeira e Josimara Dias Brumatti, além da técnica de TI Fernanda Alves, também propôs e implementou, neste ano, a integração do RiUFF com o EduCapes, portal de recursos educacionais abertos, e a ferramenta dARK, tecnologia de identificadores persistentes de objetivos de informação.

Mais de 60 instituições assinaram a Declaração, entre elas, Sorbonne Université (France), Leiden University (Holanda), Universidade do Minho (Portugal), Directory of Open Access Journals (DOAJ), OpenAIRE e Redalyc, Fundação Bill e Melinda Gates (EUA), dentre outras. No Brasil, são signatários o  Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT  e a Rede Go Fair Brasil Saúde. 

São grandes os desafios que implicam uma mudança de paradigma na Comunicação Científica, no entanto a UFF unirá esforços para implementação de ações estratégicas e políticas conjuntas entre os diversos setores de pesquisa e divulgação científica, para tornar o conhecimento produzido um bem público.

Para saber mais sobre a Declaração, acesse o link abaixo:

https://barcelona-declaration.org/

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