Ocorreu, no último dia 18, em Rio das Ostras, mais um debate sobre o tema da Sustentabilidade do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). Organizado pelos diretores dos Institutos das duas Unidades, o evento reuniu em torno de 50 participantes entre professores, estudantes e técnicos, contando na mesa com os Pró-Reitores da Progepe e Proaes, Túlio Franco e Sérgio Mendonça respectivamente; com a representante do Sintuff Lígia Regina, e o médico Wladimir Thadeu.
Na ocasião foram expostos os problemas de sustentabilidade vividos pelo HUAP, uma unidade hospitalar de alta complexidade, referência para toda região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, e com compromissos de atender à população usuária do SUS. Além disto o Hospital tem como principal atividade o ensino, pesquisa e extensão em medicina e outras áreas da saúde.
A primeira fala dos pró-reitores deixou clara a proposta para superação dos atuais problemas via gestão compartilhada com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, através de um contrato de gestão, em que mantém o HUAP como um serviço público, de financiamento exclusivamente estatal, e dedicado às atividades inerentes à Universidade, se mantendo 100% SUS.
Por outro lado, a representante do Sintuff e Wladimir, que expuseram contrários à proposta em debate, não conseguiram apresentar alternativas que apontassem na direção de superação dos atuais problemas, sugerindo a formação de uma comissão, o que adiaria interminavelmente a agonia do hospital. Já há vários fóruns dedicados ao tema, como por exemplo, o Conselho Deliberativo do HUAP.
O que fica claro é que, aqueles que são contra a contratualização com a Ebserh devem apresentar propostas para salvar o hospital e impedir o seu fechamento a curto prazo. Não é possível admitir a postura atual, de serem contra, e não apresentarem propostas para o HUAP, isto é pouco responsável com o Hospital e todos os que dele dependem para cuidado à saúde, o ensino e pesquisa na área.
O debate transcorreu de forma organizada e respeitosa, demonstrando que a democracia na UFF pode ser exercida sem constrangimentos e cerceamentos, que queremos que façam parte do passado apenas. Hoje há uma nova prática no tratamento coletivo das nossas questões.
Comitê Gestor da UFF