A parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão e o Instituto de Biologia (EGB) para a capacitação de pessoal na área de biossegurança iniciou-se em 2013, por meio do “Programa de Extensão Ações para Capacitação”, coordenado pelo Prof. Antonio Lyra e executado pela Proex, por meio da Escola de Extensão (EXTUFF) e da Coordenação de Difusão e Fomento à Extensão (CDFEX), com o apoio institucional do Programa de Desenvolvimento Institucional da UFF (PDI).
As ações contínuas de extensão em Biossegurança, articuladas pela Proex, com destaque para o “Programa de Sensibilização e Capacitação em Biossegurança da UFF”, sob a coordenação dos professores Saulo Bourguingnon e Marcelo Gonzalez, já têm sido reconhecidas junto a importantes organizações na área, como a Associação Nacional de Biossegurança (Anbio) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Prof. Marcelo Gonzalez, coordenador do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal Fluminense, um dos grandes articuladores junto à Pró-Reitoria de Extensão na temática da Biossegurança, em diálogo com a equipe da EXTUFF, contou sobre sua aproximação com a Extensão Universitária, bem como sobre os trabalhos desenvolvidos em parceria e suas expectativas enquanto extensionista.
Entrevista com o Prof. Marcelo Salabert Gonzalez, coordenador do Curso de Ciências Biológicas da UFF, que aconteceu na Escola de Extensão, campus do Valonguinho, em 22/07/2016:
– Como surgiu seu interesse pela Extensão Universitária?
“O interesse pela Extensão surgiu através do Prof. Antonio Lyra [Diretor da Escola de Extensão], durante as reuniões do Comitê Local de Acompanhamento e Avaliação – CLAA, do Programa de Educação Tutorial – PET. O Prof. Lyra pediu sugestões sobre temas para cursos de extensão. Inicialmente, pensou-se em boas práticas em experimentação animal; depois optou-se pela biossegurança”.
– Como está sendo a relação da Biologia (coordenação) com a Proex?
“A maior parte dos professores (da Biologia) já estava ligada à Proppi. A aproximação com a Proex se deu a partir do Programa de Biossegurança. Pensava-se que não havia muitos extensionistas na Biologia. Depois que o Prof. Lyra falou sobre creditação na reunião do Colegiado, percebeu-se que, na verdade, a biologia já tinha mais extensionistas do que se achava. Algumas pessoas descobriram que já faziam extensão e não sabiam. A relação (com a Proex) está sendo excelente. Foi onde surgiu o programa de biossegurança. O curso de Biologia foi um dos primeiros a se preocupar em melhorar as práticas de extensão dentro do curso”.
– Fale sobre a disciplina “biossegurança” e sua relação com a Extensão?
“A Biologia já tem disciplinas que atendem à creditação. São 200 horas, divididas em 4 disciplinas, todas nomeadas “atividades de extensão” que fazem parte do currículo de Biologia desde que ele foi criado, há 12 anos. São disciplinas que desenvolvem um programa de extensão. Em função do Programa de Biossegurança, foi criada a disciplina Biossegurança que começou a ser oferecida no primeiro semestre de 2016. Estamos aguardando as diretrizes do grupo de creditação para fazermos os ajustes necessários”.
– Como o senhor avalia a participação dos alunos nas atividades de extensão para a formação acadêmica deles?
“Excelente. Eles adquirem conhecimento. Os alunos crescem muito profissionalmente. Participam ativamente das reuniões. Já estão mais independentes. Adquirem uma “autoridade” até mesmo na organização dos eventos. Aprendem muito com a equipe da Proex”.
– Quais as perspectivas para a Extensão?
“As expectativas são as melhores. Segundo a Associação de Biossegurança, a UFF é a Universidade que está mais adiantada na implementação dos Programas de Biossegurança, a mais próxima da ANBIO. Nossa proposta de sensibilização já está bem adiantada e já estamos capacitando”.
– Fale um pouco sobre a Comissão Temporária de Acesso ao Patrimônio Genético e/ou Conhecimento Tradicional Associado.
“Sou o representante da Proex na Comissão Temporária de Acesso ao Patrimônio Genético e/ou Conhecimento Tradicional Associado. É uma iniciativa do Ministério da Educação. É preciso fazer o cadastro dos projetos no CGEN (Conselho de Gestão do Patrimônio Genético). No caso do Brasil, é questão de soberania. Essa nova legislação protege nosso patrimônio genético. Poucos professores, alunos e pesquisadores têm conhecimento dessa nova legislação. O cadastramento é obrigatório. A lei está sendo sancionada”.