Seja em um clássico, como “Macbeth”, ou em um romance para adolescentes, como “Crepúsculo”, o poder da literatura em acender nossas paixões e compreender melhor a realidade continua vivo. Dois papéis importantes para a manutenção da produção editorial estão em constante mudança: o do escritor e o do crítico literário. Mostrar como essa relação pode se complementar é o principal objetivo da coletânea “Agentes do contemporâneo” (Eduff, 2016), organizada pelas professoras de Literatura Brasileira Claudete Daflon, Maria Fernanda Garbero e Matildes Demetrio.
Nos 14 textos que compõem a obra, os pesquisadores propõem que não apenas os autores são ativos no processo de contar e lidar com as narrativas, mas também os críticos e acadêmicos. Com isso, partem da complexidade dessas relações para ampliar os limites do que consideramos literário ou não, entendendo o dinamismo entre quem produz e quem analisa literatura.
“Agentes do contemporâneo” pretende dar conta de uma realidade no campo da Literatura Brasileira que muitas vezes é contraditória e dinâmica. Ao mesmo tempo, procura responder às questões apresentadas acerca da literatura e da própria crítica em nossa época.