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NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A MATÉRIA DE LEITE MATERNO VEICULADA NO GLOBO E JORNAL A TRIBUNA.

A matéria veiculada no site da UFF sobre a pesquisa “Determinação de resíduos de cocaína em leite materno: uma abordagem especial para bancos de leite” com o título de “Detecção de cocaína nos bancos de leite: pesquisa desenvolve método para identificar contaminação” está sendo divulgada com foco incorreto na mídia.

Diferente do que o título da matéria publicada em nosso site possa transparecer, a pesquisa ainda não tem dados sobre a prevalência de amostras contendo resíduos de cocaína nos leites humanos porque o estudo está no início, pois a falta de verba para manutenção corretiva do equipamento atrasou todo o cronograma. Portanto, ainda não houve nenhuma amostra de leite analisada e, consequentemente, não houve detecção de nenhuma droga em nenhuma amostra do banco de leite.

Além disso, a informação que contém uma estimativa sobre o número de mulheres grávidas que usaram a droga ilícita é um estudo realizado pelo departamento de saúde dos Estados Unidos em 2019 e foi mencionado apenas para contextualizar o trabalho. Sendo assim, os dados não são do Brasil.

Também é importante deixar claro que é normal os pesquisadores levantarem questionamentos e realizarem investigações, não importando se o resultado será evidenciar que tudo está bem ou que existe algo que precisa ser aperfeiçoado. O leite materno não é apenas um alimento no que se refere ao teor de carboidratos, lipídeos e proteínas; ele possui várias substâncias fundamentais para o desenvolvimento do bebê.

Os bancos de leite seguem rigorosos critérios de qualidade para garantir este benefício para aquelas mães que, por algum motivo, não podem amamentar. Justamente por esta razão, procurando sempre oferecer o melhor para a população, é que o Conselho de Ética em Pesquisa da UFF aprovou o estudo. Reafirmamos que a Política de Aleitamento Materno Brasileira e a Rede de Bancos de Leite Humano são referências no âmbito nacionais e internacionais pela garantia da promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil.

Vale ressaltar e também deixar claro que o intuito não foi criar alarme e insegurança nas mães que buscam os bancos de leite entre outras instituições de apoio para amamentação, mas na verdade contribuir para a ampliação do controle da qualidade e segurança junto aos métodos de verificação complementares já existentes, papel esse que cabe aos pesquisadores. Reiteramos que o estudo apresentado está em fase inicial.

Para evitar maiores transtornos à população e órgãos de saúde, a UFF se posiciona pela retirada do conteúdo nos sites em que publicaram as matérias.

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