A participação de jornalistas, escritores e historiadores, seus projetos de impressos e engajamento político unem os nove artigos que integram a coletânea “Intelectuais e palavra impressa” (Eduff, 2016). Organizada pela professora da UFF e historiadora Giselle Martins Venancio, a obra segue a tendência historiográfica que resgata a participação dos sujeitos na História e propõe um questionamento sobre quem são as vozes que falam e dialogam num dado momento.
A primeira parte da coletânea é dedicada aos projetos editoriais e à análise de publicações de revistas e coleções de livros. É o caso da coleção “História geral da civilização brasileira (HCGB)”, organizada por Sérgio Buarque de Holanda, objeto do artigo do historiador André Furtado.
O estudo se volta para a ação de intelectuais engajados em questões sociais, na segunda parte da obra, quando são discutidos os usos dos impressos como meio de fazer circular ideias e projetos políticos. Dentre outros exemplos, estão a atuação do jornalista João Batista de Paula na coluna diária “Plantão Militar”, publicada no jornal Última Hora, na década de 1960, e o aparecimento da chamada onda verde da imprensa, na década de 1920, com a publicação da Revista Florestal.