Para além do uso do francês como segunda língua de trabalho, Machado de Assis se valeu de referências europeias para a construção de uma leitura crítica da tradição que o precedeu, mas ao mesmo tempo de reconhecimento à herança cultural por ela proporcionada. A interlocução da obra machadiana com a literatura feita na Europa é tema da coletânea bilíngue lançada pela Eduff, “O diálogo Europa-Brasil na obra de Machado de Assis”, organizada por José Luís Jobim, Maria Elizabeth Chaves de Mello e Olinda Kleiman.
Escrito em português e francês, o livro é fruto da colaboração entre professores do Centre de Recherchessur les Pays Lusophones (Crepal) da Universidade Sorbonne Nouvelle (Paris 3) e do Programa de Pós-graduação em Estudos de Literatura da UFF. A obra também contou com a colaboração de uma rede de pesquisadores machadianos, que incluiu outras universidades, como Uerj, Princeton e LaSapienza.