Informe

ISC-UFF capacitará Preceptores com foco em Atenção Primária à Saúde

O Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (ISC-UFF) e o Centro de Pesquisas em Saúde Coletiva (CEPESC) do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS-UERJ) serão responsáveis por apoiar, operacionalmente, o Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio do Curso de Formação de Preceptores (tutores) em Medicina de Família e Comunidade. O desenvolvimento será por meio de Oficinas de Capacitação Temáticas, Seminários abertos anuais, Oficinas de Avaliação, Reuniões de Coordenação e Acompanhamento e a atividade apoio matricial especializado.

A iniciativa é considerada uma oportunidade de, ao mesmo tempo, produzir mudanças na forma de trabalho dos próprios preceptores engajados na residência médica e no processo ensino-aprendizagem dos residentes, qualificando-os para uma mudança a ser feita nos desenhos assistenciais em saúde, em interação com os demais profissionais já existentes. Desde 2009, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) do Rio de Janeiro vem investindo na ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família no município, atingindo hoje cerca de 50% da população.

“Um dos desafios é a provisão de profissionais de saúde com formação adequada para atuar de forma qualificada na Atenção Primária em Saúde. As universidades no Brasil formam ainda um pequeno número destes profissionais (especialmente médicos), o que demanda estratégias de aumento de vagas nessa formação específica. Foi criada uma Residência em Medicina de Família e Comunidade com 200 vagas (cerca de 80% das vagas hoje existentes no País) que pudessem, num tempo mais adequado, prover estes profissionais ao Sistema de Saúde”, enfatiza o diretor do ISC-UFF, Aluísio Gomes da Silva Junior.

Ainda segundo o diretor, a formação desses residentes implica também na formação de preceptores (tutores) que possam supervisionar o treinamento em serviço e qualificar as competências. A parceria acadêmica com o ISC-UFF e o apoio operacional do CEPESC vai no sentido de desenvolver atividades que possam institucionalizar o Programa, capacitar e promover educação permanente dos preceptores e, em decorrência disto, estruturar a formação dos residentes no município. “Pretende-se oferecer cursos de atualização em temas estratégicos para aqueles profissionais, estruturando paulatinamente a formação especializada e, num futuro próximo , um mestrado profissional em Atenção Primária á Saúde” revela Aluísio.

Para o ISC-UFF, cuja expertise no campo da Atenção Primária á Saúde é reconhecida nacionalmente, é uma ótima oportunidade de ampliar as parcerias já desenvolvidas com a cidade de Niterói e outros municípios. No âmbito do Programa serão desenvolvidas também importantes pesquisas e ampliação de campos de estágio para os alunos de graduação e pós-graduação da UFF. Também estão em andamento parcerias com outras universidades e centros de pesquisa como a UERJ, UFRJ e a FIOCRUZ para ampliação do Programa numa escala estadual.

Dinâmica da capacitação
O curso será oferecido inicialmente como atualização e terá carga horária mínima de 224 horas, certificado pela Universidade Federal Fluminense. Conforme o interesse, será tramitada a transformação em Especialização, com carga horária mínima de 360 horas. A metodologia adotada é a de oficinas temáticas articuladas em blocos, finalizadas por oficinas de avaliação. O formato permite uma interação mais dialógica entre os preceptores, os coordenadores, a equipe de professores e convidados. As oficinas terão a duração de um ou dois dias (oito horas/dia) e será desenvolvido em trabalhos com até 20 participantes e plenárias com todos os grupos.

A dinâmica terá sempre um tema de estruturação, discutido por meio de situações-problema, casos ou exposições interativas, que permitirão dialogar com os problemas trazidos pelos preceptores-alunos das unidades de saúde. Na medida do possível, serão propostas atividades referentes ao tema de estruturação para serem desenvolvidas nos serviços de saúde, onde estejam os preceptores-alunos e seus residentes, durante o período de dispersão, entre uma oficina e outra. Os critérios de avaliação serão pactuados em cada bloco, entre a equipe de condução do curso e os preceptores-alunos.

O laboratório de informática do CEPESC servirá de local de realização de atividades que dependam do uso de computadores. Algumas atividades serão realizadas em ambiente de Laboratório de simulação a ser definido em comum acordo com a SMSDC.

Dados do informe

14/03/2016


Informações sobre o setor

Instituto de Saúde Coletiva

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