A Universidade Federal Fluminense promoveu, no dia 09 de junho, no auditório do Instituto de Saúde de Nova Friburgo da UFF, o “I Encontro Intercampi sobre violência e diversidade de gênero”, que buscou articular diversos atores sociais a fim de promover a produção e circulação de informação sobre o cenário de violência contra a mulher e contra a população LGBT no país e sua configuração, especialmente na cidade de Nova Friburgo.
A primeira mesa, denominada “A mulher no Brasil”, contou com dois eixos de discussões: o primeiro refletiu sobre a história do feminismo e suas contradições, numa abordagem histórica e política, com a socióloga Míriam Starosky (IUPERJ), militante e membro da Marcha Mundial das Mulheres. Já as enfermeiras obstetras Tamires Borba e Natália Mello (Coletivo Frutos da Serra) discutiram o enfrentamento da violência obstétrica e a cultura do estupro. A mesa contou também com as debatedoras Prof.ª Rebeca de S. Azevedo e Prof.ª Priscila Starosky, ambas do Instituto de Saúde de Nova Friburgo da UFF.
A segunda mesa, de nome “Violência e diversidade, desafios de enfrentamento”, articulou discussões acerca da despatologização da diversidade sexual, bem como suscitou reflexões sobre a violência de gênero, contando com a participação da enfermeira Laís Schimdt (UERJ), Mayra Muniz (UVA, Coletivo Feminista Nova Friburgo), Sula Dutra (psicóloga do Centro de Cidadania LGBT – Nova Friburgo), representantes do Coletivo LGBT Gaytacazes e a Prof.ª Bárbara Breder (Departamento de Psicologia de Campos dos Goytacazes), coordenadora do Projeto Laboratório de Psicanálise, Política, Cultura e Estudos de Gênero.
A realização do I Encontro intercampi sobre violência e diversidade de gênero é fruto do esforço da sociedade civil organizada, de coletivos, pensadores independentes, instituições locais como o Centro de Referência LGBT Hanna Suzart, da Pró-Reitoria de Extensão da UFF (PROEX), do Polo Universitário de Nova Friburgo (PUNF) e do Polo Universitário de Campos dos Goytacazes (PUCG), atores que têm buscado, em parceria, alternativas para a construção do enfrentamento ao heterossexismo, à misoginia e aos discursos de ódio perpetrados na sociedade em virtude da herança patriarcal e do conservadorismo.
A organização do evento já está se articulando para a realização das próximas edições.