Em “O Amplexo Político dos Costumes de um Jesuíta Brâmane na Índia” (Eduff), o filósofo Adone Agnolin analisa a polêmica que nasce da diferente interpretação dos Ritos (indianos) do Malabar, levando em consideração a problemática evangelizadora jesuítica no contexto asiático.
Segundo a política formulada e defendida pelo padre italiano, Roberto de’ Nobili, a missão jesuítica na Índia, fora do contexto e do controle do Padroado português, vai desencadear uma acesa polêmica que ecoa tanto no contexto asiático, quanto junto à Congregação de Propaganda Fide romana.
Em Madurai, o jesuíta italiano tentou conciliar hinduísmo e cristianismo, apresentando os jesuítas nas funções de brâmanes ocidentais. Todavia, ao contrário do que aconteceu na China, as tensões em relação a essa estratégia missionária cresceram, aqui e inicialmente, sobretudo no interior da própria Companhia de Jesus.
O conflito cresceu e se estabeleceu em torno de uma divergência na interpretação desses ritos: tratava-se de ritos civis ou religiosos? As diferentes respostas traziam implicações relevantes em relação ao projeto missionário jesuítico. E foi na diferente interpretação dos sinais simbólicos dos brâmanes sannyasim que se acendeu o confronto conhecido, sucessivamente, como a “polêmica dos ritos”.
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