Informe

Campus UFF de Rio das Ostras promoveu ações de prevenção e promoção da Saúde

O curso de Enfermagem do Campus UFF de Rio das Ostras (Curo) tem desenvolvido várias atividades de prevenção da Saúde no município e durante a 11ª Semana de Enfermagem do Campus UFF de Rio das Ostras foi realizada a atividade intitulada “O Dia D: desenvolvendo ações de rastreamento, prevenção e promoção da saúde”.

Foram feitas 234 avaliações, incluindo como público alvo, docentes, discentes, técnicos administrativos do Curo, além da comunidade local. As ações de enfermagem, voltadas para o cuidado com a saúde, foram: Aferição de glicemia capilar, de pressão arterial, índice de massa corporal, além de orientações no âmbito da promoção da saúde e prevenção de agravos.

Esta atividade foi coordenada pelos professores do curso de graduação em Enfermagem do Curo: Brunno Lessa Saldanha Xavier e Fernanda Maria Vieira Pereira. Também participaram da ação, como facilitadores, as discentes monitoras: Jéssica Rodrigues Lopes, Andressa Silva Torres dos Santos, Raila Neumann Pacheco, Thais Duarte da Costa e Larissa Maria Ferreira.

“No que tange aos resultados desta ação, ressalta-se, incialmente, que as avaliações contemplaram um público de idades variadas, abarcando faixa etária de 17 até 72 anos. Houve maior volume de ações dentro da faixa etária de 18 até 22 anos, desmistificando, a priori, a baixa procura pelos cuidados com a saúde por parte de jovens”, concluiu o professor Brunno Lessa.

Dentre as 234 avaliações realizadas, 189 (81%) destas tiveram como público alvo o corpo discente, confirmando a maior proporção inserida na instituição. Seguiu-se com 15 avaliações de terceirizados da UFF; apenas 8 avaliações direcionadas ao corpo docente e 16 voltadas aos trabalhadores técnicos administrativos. Cabe mencionar que o restante foi referente à comunidade externa.

Segundo os coordenadores, a avaliação da pressão arterial foi a de maior aderência, com o total de 230 avaliações onde cabe ressaltar que foi utilizado como parâmetro para classificar as avaliações de pressão arterial, o protocolo de Hipertensão Arterial Sistêmica do Ministério da Saúde. Neste documento há normativas para classificação da Pressão Arterial, recomendações/orientações para rastreamento de novos casos e/ou agravos relacionados, além de diretrizes para controle e promoção da saúde.

Dentre as 230 avaliações de pressão arterial, 98 destas se enquadravam na classificação de pressão arterial “ótima”; na classificação tida como “normal” se enquadraram 68 avaliações; 35 avaliações estavam em situação de pressão arterial “limítrofe”; já a classificação de “hipertensão estágio I” recebeu 20 (8,7%) enquadramentos, enquanto que a classificação “hipertensão estágio II” recebeu 3 (1,3%) indicativos e a classificação “hipertensão estágio III” compreendeu apenas 1 achado.

A professora Maria Fernanda Pereira  esclareceu que nenhum diagnóstico foi fechado no âmbito da ação, de modo a respeitar amplamente o protocolo que direciona a atividade. “Medidas de prevenção e mudança do estilo de vida, sob o ponto de vista de orientação/aconselhamento para promoção da saúde, foram repassadas ao público alvo”.

Em conformidade com o caderno do Ministério da Saúde para Diabetes Mellitus, uma das formas de se realizar o rastreamento/controle da doença é a aferição da glicemia capilar, além da identificação de seus sinais e sintomas. A glicemia capilar casual é realizada após a ingestão de qualquer tipo de alimento, com potencial de alterar as taxas metabólicas da glicose no sangue.De acordo com o preconizado pelo ministério da saúde uma glicemia casual abaixo de 200mg/sg, a qual é considerada normal. Dentre todas as avaliações de glicemia realizadas na ação, perfazendo um total de 96 aferições, houve apenas um achado fora da normalidade.

Segundo o professor Brunno Lessa e sua equipe, os resultados encontrados na classificação do índice de massa corpórea, é recomendado pelo Ministério da Saúde, sob o ponto de vista de estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica e obesidade, a separação por faixa etária. “Observa-se a primeira classificação de 10 a 19 anos, a segunda de 20 a 60 anos e a terceira de 60 anos acima. Foram realizadas 54 avaliações na faixa etária de 10 a 19 anos, sendo que 46 destas se enquadraram na categoria “eutrófico”; 5 (9,2%) avaliações alocaram-se na categoria “sobrepeso” e 3 (5,5%) avaliações obtiveram a classificação “obesidade””, avaliou o grupo.

Na classificação de faixa etária entre 20 a 60 anos, foram realizadas 146 aferições, onde a categoria “baixo peso” totalizou 09 (6,2%) avaliações; a categoria “eutrófico” (segundo dicionário médico:“o que apresenta desenvolvimento normal) obteve 71 avaliações, sendo esta a de maior predominância, evidenciando dados de saúde positivos nesta população; a categoria “sobrepeso” enquadrou 41 (28%) avaliações, revelando, portanto, uma taxa significativa; a classificação “obesidade estágio I” obteve 15 (10,2%) indicações, representando um preocupante risco para o desenvolvimento/agravamento de doenças metabólicas e cardiovasculares; a “obesidade estágio II” obteve 4 indicativos e, por fim, 6 avaliações foram enquadradas  na classificação “obesidade estágio III”, que recebeu a devida atenção no tocante ao aconselhamento para mudança no estilo de vida.

Finalmente, chega-se à classificação na faixa etária igual ou superior 60 anos, tendo-se nesta inserção de três avaliações, sendo 3 destas enquadrada no requisito “eutrófico” e uma no “sobrepeso”.

O professor Brunno Lessa e a professora Fernanda Maria V. Ferreira ressaltam  a importância deste trabalho de prevenção realizado junto à comunidade acadêmica, bem como,  junto a população local.  Ressaltaram que dentro das necessidades, todos receberam aconselhamentos perante as avaliações feitas durante esta atividade, sendo todos encaminhados às unidades básicas de saúde para acompanhamento.

Dados do informe

21/06/2017


Informações sobre o setor

Instituto de Humanidades e Saúde

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