Com uma programação diversificada e iniciativas que valorizam a arte e a cultura, a gestão da UFF, por meio do Centro de Artes (CEART), promoveu em 2024 ações que consolidaram a universidade como referência no cenário cultural do estado do Rio de Janeiro. Espetáculos teatrais, mostras de cinema, exposições e projetos inovadores marcaram o ano, destacando a contribuição da Universidade para o acesso democrático às manifestações artísticas e culturais.
“Em 2024, a UFF reafirmou seu compromisso com a valorização da diversidade cultural e artística como pilares fundamentais de uma sociedade mais inclusiva e democrática. Nossas iniciativas promovem o encontro entre diversas culturas, reconhecendo, principalmente, a riqueza de comunidades que são a essência do Brasil. Seguiremos avançando, fortalecendo esse diálogo e ampliando o acesso à cultura para transformar vidas e construir pontes, dentro e fora da UFF, afirma o reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.
Universidade de Ponta Cabeça: Mestria, Saberes e Epistemologias da Vida
Entre os projetos de maior destaque, o “Universidade de Ponta Cabeça” evidenciou o pioneirismo da UFF ao promover o diálogo entre os saberes acadêmicos e os saberes tradicionais. O evento inaugurou a aprovação do Título de Notório Saber em “Saberes, Artes e Ofícios Tradicionais”, iniciativa que permitirá a participação de mestres e mestras de conhecimentos indígenas, quilombolas, caiçaras e outras comunidades nos cursos de graduação e pós-graduação da universidade.
Realizado em parceria com a Fundação de Arte de Niterói (FAN) e com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, o projeto promoveu reflexões sobre epistemologias da vida, reconhecendo e valorizando os saberes populares como parte fundamental da sociedade brasileira.
Flores que vencem canhões: Reflexões sobre liberdade e resistência
Outro projeto relevante foi o “Flores que vencem canhões”, que destacou dois momentos históricos de grande importância em 2024: os 60 anos do golpe militar no Brasil e os 50 anos da Revolução dos Cravos, em Portugal. Com uma programação que incluiu exposição, mostra de cinema, peças de teatro e cine debates, a UFF trouxe à tona reflexões sobre liberdade, resistência e memória histórica. A iniciativa reforçou o papel da universidade como espaço de discussão crítica e valorização dos direitos humanos, conectando arte e história para promover diálogos intergeracionais.
Solos em Cena: Celebração do Teatro e da Arte de Representar
Em sua edição de 2024, o festival Solos em Cena reuniu monólogos de destaque no cenário teatral, em apresentações que mesclaram ficção e realidade. O evento também contou com atividades formativas, como aulas demonstração e conversas com criadores, proporcionando uma troca enriquecedora entre artistas e público. Os espetáculos abordaram temas diversos, explorando novas perspectivas sobre a existência humana e celebrando a paixão pelo ofício de atuar.
Resultados de 2024: Um ano de impacto cultural
Os números de 2024 comprovam o impacto das atividades de cultura e arte na UFF. No cinema, foram realizadas 1.137 sessões, com público de 55.317 pessoas, enquanto o teatro contou com 142 apresentações, atraindo 23.821 espectadores. Nas artes visuais, oito exposições receberam mais de 77 mil visitantes. Já na música, 30 concertos reuniram público cerca de 3.500 pessoas, destacando a qualidade das produções musicais da universidade.
Perspectivas para 2025
A UFF projeta mais avanços para o próximo ano, com a implementação do Programa Mestria, que estimulará o reconhecimento dos saberes tradicionais nos territórios e campi da Universidade. Outras ações incluem o lançamento de editais para artes visuais e teatro, a celebração dos 40 anos do Quarteto de Cordas da UFF e o fortalecimento da comunicação institucional para ampliar a participação de docentes, discentes e técnicos-administrativos nas atividades culturais.
“2024 foi importante por evidenciar escolhas na política cultural do Centro de Artes, tanto no fomento e difusão das artes, quanto no trabalho de reconhecimento da diversidade cultural e seus vínculos com as heranças do território. Em 2025, vamos seguir nessa perspectiva, ampliando escutas e renovando compromissos com agentes e expressões culturais que necessitam também de hora e vez”, finaliza o Superintendente do Centro de Artes, Leonardo Guelman.