Organizado por Bethania Mariani, Carla Barbosa Moreira, Juciele Pereira Dias e Maurício Beck, o recém-lançado “Indizível, ininteligível e imperceptível: o sujeito contemporâneo e seus arquivos” (Eduff, 220 pp, R$36), tem como quadro teórico a Análise do Discurso Francesa em interface com a História das Ideias Linguísticas, a Teoria da Enunciação, a Filosofia da Linguagem, a Sociolinguística e a Psicanálise Lacaniana.
A coletânea se constitui a partir da interlocução entre professores e pesquisadores da Jornada do Laboratório Arquivos do Sujeito (LAS), que reúne estudos voltados para a posição do sujeito no contemporâneo, partindo das discursividades que os representam e os diferentes modos como eles se representam e se significam.
O livro sugere a discussão temática ao se dividir nas seções: o Indizível, o Ininteligível e o Imperceptível. A partir do aporte teórico, o real é visto como registro impossível no campo da linguagem, da percepção e da compreensão – (in)dizível, (im)perceptível e (in)inteligível. O real é, então, espaço de desestabilização da língua, da história e do sujeito, sempre em tensão com a produção de sentidos.