“A experiência brasileira de pós-graduação é a coisa mais positiva da história da educação superior no Brasil e é também a que tem que ser levada a sério.”
Darcy Ribeiro
As avaliações da CAPES, executadas por pares, tem sido ao longo dos últimos 40 anos o maior fator de reconhecimento da pós-graduação no âmbito nacional e internacional. Essa avaliação tem mostrado ao público em geral o quanto a pós-graduação brasileira é importante em diversas áreas do conhecimento, sendo responsável não só pelo desenvolvimento científico, mas também o desenvolvimento tecnológico.
A UFF apesar dos sucessivos cortes orçamentários devastadores nos últimos dois anos, incluindo o PROAP e PROEX, avançou significativamente na qualificação dos seus cursos. No entanto, pudemos constatar que, ainda assim, apesar da situação adversa, os impactos negativos ainda não foram fortemente sentidos, já que 26 % dos cursos melhoraram seus conceitos em relação à última avalição. Mais especificamente:
– 64% dos cursos mantiveram seus conceitos;
– o número de cursos com conceito três diminuiu;
-o número de cursos conceito 4 aumentou;
-quatro cursos com conceito 4 foram promovidos para conceito 5.
-o número de cursos conceito 5 ficou praticamente o mesmo, tendo em vista as promoções para conceito 6;
-cinco cursos com conceito 5 passaram para conceito 6.
– o número de cursos conceito 6 aumentou de 3 para 8, aumento de mais de 150%.
Nesse momento a UFF tem que reconhecer os esforços dos seus servidores, discentes e docentes que foram os construtores desse resultado. Sem esse empenho não seria possível alcançar melhoria da qualidade, pois a pós-graduação é dedicação e comprometimento.
Também não se pode deixar de ressaltar o trabalho de bastidores de três ex-Pró-Reitores da PROPPI, a saber, António Claudio Lucas da Nobrega (2009-2014), Andrea Latge (todo ano de 2014) e Roberto Kant de Lima (2015-03/2017) e dois ex-Coordenadores da Pós-Graduação Stricto Senso, os professores José Walkimar de Mesquita Carneiro e Ana Paula Mendes de Miranda. Todos esses docentes dedicaram muito do seu tempo e experiência em prol de melhores resultado para a pesquisa e a pós-graduação da UFF.
É tempo de muita alegria e precisamos comemorar o aumento da qualificação da nossa pós-graduação. Findo isso, temos que por os pés no chão e trabalhar para melhorar ainda mais. Primeiro manter o conceito (menos desejável) e depois pensar em subir de conceito (mais desejável). Os cursos com conceitos 6 devem trabalhar arduamente para avançarem para sete e se unir a nossa estrela solitária PPG em História.
Nada é fácil, e nada é impossível.
Prof. Vitor Francisco Ferreira, FRSC
Universidade Federal Fluminense,
Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação
Faculdade de Farmácia, Departamento de Tecnologia Farmacêutica