Evento
O processo crescente de destruição da natureza e dos conflitos por terra no Brasil nos obriga a refletir sobre a profunda relação entre as matas e florestas brasileiras e os povos indígenas.
Recentemente, a evidência de que são os diversos povos indígenas os responsáveis por evitar de maneira mais efetiva o desmatamento das florestas da América Latina e Caribe nos últimos anos foi constatada no novo relatório da ONU, e se soma aos alertas da premência do problema que esses povos enfrentam com a ameaça ao direito a seus territórios no país.
Ao avanço do agronegócio, da mineração, da exploração madeireira e ao desmonte das políticas para os povos originários, ambientais, e também de saúde pública, se soma a grave crise sanitária da pandemia da Covid-19 que se alastra em territórios indígenas, num contexto de etnocídio, a auto organização dessas comunidades tem sido sua única defesa.
A manutenção da biodiversidade está profundamente associada aos modos de vida indígena, sua relação com a natureza, suas cosmologias e expressões culturais.
É preciso o reconhecimento do protagonismo desses povos na defesa de seus territórios, além da urgência de se pensar em outras perspectivas cosmopolíticas em oposição ao “passar de boiadas” tanto materiais quanto simbólicas em que nos encontramos, e semear caminhos para outros mundos possíveis.
Debatedores:
Sônia Guajajara – Liderança indígena e coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)
Carlos Walter Porto-Gonçalves – Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense e Coordenador do LEMTO – Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades
Mediação:
Domingos Barros Nobre – Professor do IEAR – Instituto de Educação de Angra dos Reis – UFF. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação de Jovens e Adultos e Educação Escolar Indígena.
20 de abril de 2021
Terça | 17h
Transmissão:
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