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São Gonçalo, a segunda maior cidade do estado do Rio, é frequentemente associada ao trânsito caótico e desorganizado. Entretanto, por de trás disso, existem facetas que podem passar despercebidas na rotina do tráfego. Uma delas é a atuação da Guarda Civil na cidade, que tem como um de seus propósitos a administração de conflitos, como demonstra a antropóloga Talitha Rocha em “Quem dirige em São Gonçalo, dirige em qualquer lugar”, novo livro da Eduff.
Resultado da dissertação de mestrado da autora, o livro é uma etnografia das práticas e representações da Guarda Civil na cidade, feita após uma imersão no local e no tema por um ano, aproximadamente. O trabalho é uma contribuição às reflexões sobre estereótipos repercutidos sobre a cidade, seus quase um milhão de moradores e, principalmente, seu trânsito.
No estudo, a antropóloga analisa como esses agentes de leis se comportam, além de identificar formas de sociabilidade, modos de apropriação do espaço público e, principalmente, como a construção do “bom senso” – valores que não estão necessariamente na lei – pode orientar a atuação dos guardas.
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