Evento
O repertório celebra Dolores como compositora e também cantora. Sua versatilidade como intérprete assim como do seu canto, ainda considerado moderno e cheio de bossa, ficou ofuscado pela sua grandeza e importância como compositora.
Onde Dolores teria chegado não fosse sua vida tão curta? Essa pergunta que Joyce Moreno se faz, ecoa forte quando lembramos que Adiléia da Silva Rocha, Dolores Duran, morreu aos 29 anos, sendo que sua obra como compositora foi quase toda criada nos últimos 4 anos de vida. Seus estudos foram até a quarta série primária, o que não a impediu de aprender música e diversas línguas, nos livros, revistas, e na noite. Uma mulher, negra, nascida no bairro da saúde, que ousou ser compositora numa época em que esse era um território estritamente masculino. Até aquele momento somente Chiquinha Gonzaga tinha alcançado um lugar de reconhecimento nacional. Seu canto moderno, sua capacidade para o improviso, (Lenny Andrade afirmava que foi em Dolores que ela se espelhou para fazer seus famosos scat-singings, e não com as cantoras de jazz americanas) sua versatilidade impressionante como intérprete, o poder das melodias sofisticadas e letras diretas, coloquiais, e de imagens poéticas poderosas (“as flores na janela, sorriam cantavam por causa de você…” – quem não se lembra desse clássico em parceria com Tom Jobim) marcaram a MPB.
Ficha Técnica:
Na direção: Denise Stultz
Violão e voz: Alfredo Del Penho
Fotos: Thais Grechi
Produção : Zybá Produções
20 de julho de 2024
Sábado | 20h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói
Ingressos: R$ 60 (inteira) – R$ 30 (meia)
Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria
Classificação Indicativa: Livre