Evento
Pela primeira vez no Brasil, premiado autor participa de evento no Instituto de História da Universidade
A convite da Universidade Federal Fluminense (UFF), o historiador e sociólogo francês Ivan Jablonka, considerado um dos principais intelectuais da atualidade, participa, no dia 6 de dezembro, às 10h, no Campus do Gragoatá, de uma conferência sobre as relações entre história e literatura. O evento é gratuito e aberto ao público.
A atividade integra o conjunto de eventos “História, literatura e ciências sociais”, organizado pelo laboratório Observatório do Tempo Presente do Instituto de História da UFF, em parceria com outras instituições de ensino superior.
Sobre Ivan Jablonka
Nome importante da vida intelectual europeia, Jablonka é uma das referências nas discussões mais recentes sobre história e literatura. Professor da Universidade de Sorbonne Paris 13, suas obras se destacam pelas reflexões sobre subjetividade, escrita e pesquisa, além de abordarem temas fundamentais do mundo contemporâneo, como masculinidades, violência de gênero e crianças em situação de vulnerabilidade social.
O autor recebeu os prêmios Le Monde e o Médicis, integrou a lista do Prêmio Goncourt na França e teve algumas de suas obras adaptadas para os meios audiovisuais, como “Laëtitia – Ou o Fim dos Homens”e “No trailer, uma história de nossas férias”.
A reflexão sobre vidas individuais e história é uma das marcas de sua obra. Suas pesquisas sobre o papel da assistência social francesa na criação de políticas públicas voltadas à infância e à juventude se relacionam com uma temática particular do escritor: a das crianças abandonadas. Neto de judeus assassinados em Auschwitz, Jablonka teve grande reconhecimento do público com o lançamento do livro “História dos avós que não tive”, publicado em 2012. Na obra, o autor narra sua trajetória de investigação sobre a história dos avós paternos, deportados para a Polônia quando seu pai tinha apenas três anos de idade. O livro revela os procedimentos de pesquisa do historiador movido por uma busca pessoal, mas se integra a uma história coletiva: a história das milhões de vítimas do genocídio judaico e de seus descendentes.