Palestra “Políticas de Inclusão na Alemanha e no Brasil”

O evento conta com a palestra da professora Karin Amos, Pró-Reitora de Ensino da Eberhard Karls Universität Tübingen.
Suas tarefas como Pró-Reitora residem na criação e no reconhecimento de novos cursos, na formação continuada dos professores, na representação dos interesses discentes na reitoria e também a representação de alunos com necessidades especiais.
Karin é professora do Instituto de Pedagogia, com pesquisas na área da formação, educação e sociedade, governança internacional, formação e diferença ou diversidade (título de uma das pesquisas: The American Urban Ghetto – Education and Membership in the National Community).
Em sua palestra, Karin vai falar sobre a missão da universidade: a criação e socialização do conhecimento, refletindo sobre a história da universidade de Tübingen no contexto da emergência do Estado-Nação oitocentista, um modelo mono-cultural, o qual já previa a exclusão de tradições do conhecimento como a judaica.
Em um segundo momento, Karin vai falar sobre inclusão e a Declaração da ONU dos direitos das pessoas deficientes. Inclusão na Alemanha significa sobretudo inclusão de pessoas com deficiências como depressão, ADHS, autismo etc., enquanto o termo diversidade aponta para diferenças socioeconômicas, de gênero etc. Já no Brasil, Karin entende que inclusão quer dizer sobretudo profundas mudanças institucionais. Ou seja,  no Brasil, inclusão significa transformação das instituições e na Alemanha a responsabilidade das instituições diante da diversidade.
Ela tem grande interesse em teorias de participação, como a de Paulo Freire, John Dewey e a filosofia africana de Ubuntu, abordagens que poderiam estimular um efetivo diálogo entre Tübingen e a UFF, entre a tradição alemã (fundada na autonomia individual) e a brasileira (que focaliza as relações humanas).