Evento

OSN Popular 2

OSN Popular 2

Descrever o Guinga em poucas palavras não é das tarefas mais fáceis, todavia recorro ao nome de um dos seus álbuns para, de forma sintética, me referir ao grande compositor e instrumentista: Simples e Absurdo.
No seu violão reside a simplicidade dos seresteiros, o lamento dos chorões, o samba, mas também as harmonias de Gabriel Fauré, Debussy, dos jazzistas norte-americanos e claro, de Villa-Lobos, Garoto, Tom Jobim e tantos outros que povoam a mente fértil e os dedos do hábil violonista “Cheio de Dedos”, que apesar de beber em todas essas fontes primorosas, é proprietário inconteste de um estilo que hoje faz escola no Brasil e no mundo.
Toda a riqueza de sua criação encontra nos timbres orquestrais as cores perfeitas para exprimir um manancial de sons, ritmos e também palavras, seja a dos seus principais parceiros: Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro, mas também da sua veia poética recém-descoberta no álbum Zaboio, onde nos brinda como autor de letra e música.
Terei a imensa honra de conduzir o concerto que reúne dois patrimônios da nossa cultura, a querida e necessária Orquestra Sinfônica Nacional da UFF e o meu amigo, o genial Guinga.
Posso garantir que esse encontro memorável será simplesmente absurdo!
Rafael Barros Castro – Maestro

Rafael Barros Castro
(maestro, pianista, compositor e arranjador)
O regente de hoje iniciou seus estudos musicais no Instituto dos Meninos Cantores “Canarinhos“ de Petrópolis. Durante a juventude prosseguiu os estudos de teoria, harmonia e piano, dedicando-se integralmente à música. Na Pró-Arte, RJ, formou-se em técnica de regência com Carlos Alberto Figueiredo, e com a professora Maria Teresa Madeira realizou os estudos complementares de piano.
Na UNIRIO obteve o diploma de bacharel em regência orquestral na classe do Prof.Dr. Ricardo Tacuchian e com a professora Ruth Serrão o aperfeiçoamento em piano e repertório de câmara, sendo laureado em 2002 com o Prêmio Bianca Biancchi de Música de Câmara em Curitiba-PR.
O nosso convidado é maestro titular e diretor artístico da OSRJ – Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro, e já esteve à frente das Orquestras: OSN UFF, Orquestra Sinfônica da UNIRIO, ORSEM – Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ e Orquestra Multiplicidade (Oi Futuro).
O maestro também se destaca como compositor e arranjador, e as suas obras vem sendo executadas no Brasil e no exterior. No cinema, colaborou como arranjador no premiado curta metragem americano Hyperglot.
Em 2015 lançou o seu primeiro CD intitulado, Rafael Barros Castro, com a participação especial de: Elba Ramalho, Danilo Caymmi, Wilson das Neves, Rody da Mangueira e Jaime Alem.
Guinga
OS MAIS BELOS ACORDES DO SUBÚRBIO – Guinga (neé Carlos Althier de Souza Lemos Escobar), é carioca da zona norte do Rio de Janeiro – o bairro de Madureira –, onde nasceu em 1950. Foi por cinco anos aluno de violão clássico de Jodacil Damasceno. Começou a compor aos 16 anos. Trabalhou profissionalmente como violonista, acompanhando artistas como Clara Nunes, Beth Carvalho, Alaíde Costa, Cartola e João Nogueira. Teve inúmeras de suas músicas gravadas por músicos como Elis Regina, Michel Legrand, Sérgio Mendes, Leila Pinheiro, Chico Buarque, Clara Nunes, Ivan Lins e tantos outros.
Suas composições são parcerias com Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Chico Buarque, Nei Lopes, Sérgio Natureza, Nelson Motta, Simone Guimarães, Thiago Amud, entre outros. Tem uma dezena de CDs gravados. Reverenciado pela crítica, com frequência cada vez maior vem sendo considerado “o maior e o mais importante compositor brasileiro da atualidade”. O mesmo dizem dele seus pares. Citando apenas um, o bruxo dos sons Hermeto Pascoal: “Um cara como esse só aparece a cada cem anos”.
Em 2002, Guinga teve biografia escrita pelo jornalista Mário Marques “Guinga, os mais belos acordes do subúrbio” pela Ed. Gryphus. Em 2003 teve lançado seu songbook “A música de Guinga” também pela Ed. Gryphus. Seu disco Rasgando Seda, em parceria com o Quinteto Villa-Lobos, lançado pelo Selo SESC-SP em 2012, foi indicado ao Grammy na categoria – Melhor Disco Instrumental do Ano-2012. “Roendopinho”, lançado pelo selo alemão Acoustic Music Records, vem colecionando elogiosos comentários pela crítica especializada. Foi nominado para o “Prêmio da Música Brasileira” como Melhor Disco Instrumental de 2015. Lançado em vinil no Japão. Também em 2015 ele lançou “Porto da Madama” pelo Selo SESC com a participação de quarto cantoras: Esperanza Spalding, Maria João, Maria Pia de Vito e Mônica Salamaso. Guinga recebeu o “Prêmio da Música Brasileira” como Melhor Arranjador do Ano pelo disco, que conta com arranjos de clássicos da canção brasileira de Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Dorival Caymmi, José Maria de Abreu entre outros.
Em 2016 lançou o disco “Mar Afora”, pelo selo Acoustic Music Records, em parceria com a cantora portuguesa Maria João, num clássico dueto de voz e violão. O repertório passeia pelas composições de Guinga e seus parceiros. Em 2017 lançou “Canção da Impermanência” pelo selo alemão Acoustic Music Records e “Avenida Atlântica” em parceria com o Quarteto Carlos Gomes pelo selo SESC. Em 2018 lançou em parceria com o clarinetista italiano Gabriele Mirabassi “Passos e Assovio” pelo selo alemão Acoustic Music Records. Em 2019 fez sua primeira tour pelo Japão acompanhado de Mônica Salmaso, Nailor Proveta e Teco Cardoso, e aproveita para gravar o disco “Japan Tour: Guinga + Mônica Salmaso + Teco Cardoso + Nailor Proveta” lançado no Japão em 2020 e distribuído em 2021 no Brasil pelo selo Biscoito Fino. No mesmo ano de 2021 lançou o disco “Zaboio”, seu primeiro album inteiramente de composições próprias (letra e música). Ambos vem colecionando críticas elogiosas pela imprensa especializada.

08 e 09 de junho de 2022
Quarta e Quinta | 19h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

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