Evento
Composta por VÍDEOS MUSICAIS, esta atividade tem o objetivo de trazer para as redes sociais e demais plataformas audiovisuais as tradicionais Séries da OSN UFF.
Entre julho e setembro estão previstos dois vídeos musicais por mês, lançados quinzenalmente, conforme ocorria com os concertos presenciais.
Sobre a obra
Escolhemos trazer o Rio como “um pouquinho de Brasil”.
Música: Isto aqui o que é – Ary Barroso
Arranjo: Rafael Castro Barros
Vídeo com toda a orquestra
Conceito: aproveitamos a ideia da letra da música e vamos trazer imagens aéreas do Rio, com algumas cenas que ressaltam a cultura carioca, feitas pelos músicos da OSN, além das cenas dos músicos tocando.
O roteiro segue a letra da música para trazer as referências deste “pouquinho de Brasil”.
“Isto aqui, ô ô
É um pouquinho de Brasil iá iá
Deste Brasil que canta e é feliz
Feliz, feliz,
É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não
Olha o jeito nas ‘cadeira’ que ela sabe dar
Olha só o remelexo que ela sabe dar (Repete)
Morena boa, que me faz penar
Bota a sandália de prata
E vem pro samba sambar”
ARY DE RESENDE BARROSO (fonte: Itaú Cultural)
07-11-1903 Ubá-MG – 09-02-1964 Rio de Janeiro-RJ
Compositor, pianista, locutor esportivo e apresentador de programas de rádio e televisão. Aos 6 anos, órfão de pai e mãe, é criado pela avó e pela tia Rita Margarida de Resende, com quem tem aulas de piano. Aos 12, é o pianista de fundo musical para filmes mudos em Ubá.
Em 1922, muda-se para o Rio de Janeiro e matricula-se no curso de direito na Universidade do Rio de Janeiro (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ). Começa a tocar piano no cinema e em orquestras de jazz, como a Trianon, de Alarico Paes Leme; a American Jazz, de José Rodrigues; e a Jazz Band Sul-Americana, de Romeu Silva. Nesse momento, inicia a atividade de compositor. No fim de 1928, tem os sambas Tu Queres Muito e Vou a Penha gravados por Mário Reis e Artur Castro, respectivamente.
Ganha em 1930 o primeiro lugar no concurso musical da Casa Edison, no Teatro Lírico, com a marcha carnavalesca Dá Nela, gravada no mesmo ano por Francisco Alves. Indicado pelo tio e deputado Alarico Barroso, viaja para Nova Resende, Minas Gerais, para assumir o cargo de promotor público. No entanto, não demonstra aptidão para a magistratura e retorna ao Rio de Janeiro para dedicar-se profissionalmente à música. A convite de Marques Porto e Luiz Peixoto, passa a compor para o teatro de revista. Também rege espetáculos e divide a autoria das revistas teatrais, como em Brasil do Amor, parceria com Porto. Na época, suas músicas chegam ao disco na voz de cantores como Francisco Alves e Carmen Miranda.
Quando a rádio se afirma como veículo de comunicação de massa no início dos anos 1930, Renato Murce o contrata para o programa Horas do Outro Mundo, da Rádio Philips. Ary Barroso fala sobre teatro, cinema e música popular, além de apresentar cantores, contar anedotas e tocar piano. É o início de sua carreira como comunicador, e também como locutor de futebol. Destaca-se pela originalidade da locução e por seu temperamento, que o leva a estar sempre às voltas com alguma polêmica. Flamenguista fanático, não esconde a preferência nas locuções futebolísticas, fato que o singulariza ainda mais. Sempre utiliza uma gaita, que é tocada na comemoração de um gol. Para sofisticar muito mais as transmissões, cria a figura do repórter de campo e do comentarista esportivo. Ganha grande popularidade como apresentador de programas de calouros, tanto na rádio quanto na televisão, e revela futuras estrelas, como Elza Soares.
Dos seus inúmeros sucessos, o samba-exaltação Aquarela do Brasil (1939) tem mais destaque. A composição é gravada pela primeira vez por Francisco Alves, com arranjos e acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra. Por causa dessa música, trabalha com os Estúdios Walt Disney e torna-se mundialmente conhecido.
Na política, elege-se vereador pela União Democrática Nacional (UDN), em 1946, e milita pela construção do Estádio do Maracanã. No decorrer da carreira, exerce também a atividade de jornalista, iniciada em 1935, no Correio da Noite, em que comenta temas ligados à rádio, à música e ao futebol. Participa ativamente da defesa do direito autoral e integra diversas entidades com esse propósito. Tem dois songbooks dedicados a sua obra, um de Gal Costa, lançado em 1980, e o produzido por Almir Chediak, em 1995.
Sobre Rafael Barros Castro (arranjador)
Maestro, pianista, compositor e arranjador, iniciou os estudos musicais durante a infância, aos 8 anos de idade, no IMCP (Instituto dos Meninos Cantores Canarinhos de Petrópolis), onde recebeu as primeiras lições de teoria musical, canto, flauta doce e piano. Durante a juventude prosseguiu os estudos de teoria, harmonia e piano, dedicando-se integralmente à música. Formou-se em técnica de regência pela Pró-Arte (RJ) e em regência orquestral pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Em 2002 foi laureado com o prêmio Bianca Bianchi de música de câmara em Curitiba-PR, como pianista do Duo Dassié-Castro (violão e piano). Regeu como maestro convidado a OSN – Orquestra Sinfônica Nacional (UFF), a Orquestra Sinfônica da UNIRIO, Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ (ORSEM), e Orquestra do projeto Multiplicidade (Oi Futuro). Desde 2005 é maestro titular e diretor artístico da OSRJ – Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro
Nota de Programa
(Por Rafael Barros Castro)
No rol dos grandes compositores populares brasileiros figura um mineiro nascido em Ubá, Ary Evangelista Barroso (1903-1964), dono de uma obra que atravessou fronteiras e apresentou o Brasil para o mundo, tendo na voz de Carmen Miranda uma de suas intérpretes de maior prestígio. Ary foi um artista multifacetado e brilhou também com jornalista esportivo, produtor e apresentador. O piano foi um companheiro dileto nas horas infindas de criação, mas também foi o seu ofício durante um bom tempo tocando em orquestras, no Cinema Íris e também na sala de espera do Teatro Carlos Gomes.
Sua obra mais executada, o samba exaltação “Aquarela do Brasil”, nasceu em uma tarde chuvosa na sua casa no Rio de Janeiro, e Ary sonhava com a possibilidade de uma gravação com orquestra, aos moldes das canções dos compositores americanos da época, até que o sonho se transformou em realidade quando Walt Disney incluiu a obra no filme de animação Alô Amigos.
28 de agosto de 2020
Sexta
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