Evento
43 anos do GTAR: ‘ainda’ em busca de um espaço na Biblioteca Central do Gragoatá/UFF
A memória de lutas, ideias, resistências, amizades, dores e família que juntas constituem a força de um dos primeiros movimentos negros universitários do Brasil é apresentada na exposição “43 anos do GTAR: ‘ainda’ em busca de um espaço”, aberta ao público na Biblioteca Central do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense. A mostra segue até o dia 16 de abril e integra o conjunto de ações comemorativas dos 25 anos da BCG/UFF, inaugurada em 25 de abril de 1994.
De acordo com a bibliotecária Angela Albuquerque, esta exposição pode ser considerada como um marco na história da BCG/UFF, por apresentar o pensamento social brasileiro a partir do negro: ele como sujeito da própria história. A mostra foi inaugurada em 3 de outubro passado, quando Angela assinava pela chefia da biblioteca. E, segundo ela, tem chamado bastante atenção pelo protagonismo do negro, em especial, o movimento feito no espaço acadêmico em um momento de altas complexidades.
A atividade faz parte de um projeto que busca visibilizar a existência do primeiro grupo de trabalho, no espaço acadêmico, sobre pesquisas e estudos dos negros brasileiros, surgidos na UFF, na década de 1970, sob a orientação da historiadora Beatriz Nascimento e apoio do sociólogo Eduardo Oliveira e Oliveira.
Durante todo o período da exposição até sua finalização em 16 de abril, professores, pesquisadores, estudantes e demais interessados podem agendar suas visitas com o guiamento dos curadores João Alipio Cunha, doutorando em Antropologia (Museu Nacional/UFRJ) e Sandra Martins, jornalista e mestra em História Comparada (IH/UFRJ). Ao fim da visitação, pode-se assistir, ainda, trechos do filme “Ôrí”, de Raquel Gerber e roteiro e narração de Beatriz Nascimento. O documentário relata a atuação dos movimentos negros, no Brasil, entre os anos 1970 e 1980, encerrando a atividade com uma roda de conversa. O agendamento pode ser feito através do e-mail: expo43anosgtar@gmail.com.
O GTAR foi uma das vertentes do Movimento Negro do Rio de Janeiro que construiu um espaço de reflexões e ações em uma universidade pública em pleno período da ditadura militar, nas décadas de 1970/1980. Intelectuais como Marlene de Oliveira Cunha, Andrelino Campos, Maria Maia de Oliveira Berriel, Carlos Hasenbelg, são alguns dos personagens que lançaram, construíram, apoiaram e incentivaram jovens negras e negros a constituir aquele espaço/tempo quilombola.
Busca-se relembrar os seus pouco mais de 20 anos de atividades (1975/1995), e seu espraiar por outras trilhas até os atuais 43 anos de lutas, mobilizações, histórias e narrativas que constituem parte de uma história silenciada na Universidade Federal Fluminense.
O Cultne – Acervo da Cultura Negra – registrou os dois dias do seminário de lançamento da exposição nos dias 3 e 4 de outubro de 2018, a visitação guiada e disponibilizou os 22 (vinte e dois) vídeos em: http://www.cultne.com.br/. Visite também a página da exposição “43 anos do GTAR: ‘ainda’ em busca de um espaço” no facebook.com/exposicaogtar.
Serviço
O que?”43 anos do GTAR: ‘ainda’ em busca de um espaço”
Quando? Até 16 de abril de 2019
Horário? 8h30 às 21h (de 18/03 a 16/04)
Agendamento de grupos: expo43anosgtar@gmail.com
Facebook: facebook.com/exposicaogtar