Um projeto do Departamento de Química Analítica da UFF produz materiais condutores à base de carbono e de nanopartículas metálicas para impressão de sensores eletroquímicos com baixo custo e desempenho analítico aprimorado. Os sensores são promissores para serem aplicados para a realização de análises fundamentais para as indústrias farmacêutica, alimentícia, ambiental e forense. A utilização da impressão 3D envolve a diminuição do tempo de produção e dos custos, além de facilitar a fabricação de estruturas que não estão disponíveis comercialmente.
Uma pesquisa coordenada pelo professor de Administração da UFF, Ilton Curty Leal Junior, e financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), analisou o desempenho das alternativas de transporte para identificar deficiências. Um estudo da CNT apontou que 65% das cargas e 95% dos passageiros são transportados via rodovias. Apesar disso, o estado geral da malha rodoviária brasileira é classificado como regular, ruim ou péssimo. Considerando esse cenário, o projeto levanta ações para melhoria do transporte rodoviário e direcionamento das políticas governamentais no setor.
O Colóquio Políticas Públicas Estruturantes para o Brasil – Século XXI – será realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF), de forma híbrida, entre 29 e 31 de agosto de 2024, com atividades presenciais no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) no Campus de Petrópolis da UFF, além de ter transmissão virtual. O evento é uma parceria com o Laboratório de Políticas Públicas, Governação e Desenvolvimento Regional (LADER) e com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
O colóquio visa discutir novas perspectivas para os desafios persistentes das políticas públicas do país, além de fomentar o debate sobre a importância de um planejamento estratégico eficaz para explorar abordagens interdisciplinares que contribuam com a solução de problemas estruturais e históricos que afetam o país. O objetivo é reunir pesquisadores, especialistas, pós-graduandos, graduandos e lideranças para criar novos conhecimentos e discutir a implementação de políticas públicas que promovam o bem-estar social.
A programação inclui conferências de especialistas renomados como o economista Marcelo Neri e a cientista política Maria Antonieta Leopoldi, painéis temáticos, grupos de trabalho e uma exposição coletiva de ensaios fotográficos. Entre os temas do encontro estão: Direito à Cidade, Transporte Público e Acessibilidade; Moradia e Habitação – Desafios e Perspectivas; Reindustrialização e Inovação; Transição Energética, Indústria e Sustentabilidade; Saúde, Saneamento Básico e Meio Ambiente; Cultura e Educação Pública – Juventude e Ensino Médio; Região Serrana Fluminense – Políticas Públicas Estruturantes, e Segurança Pública. Aos que se interessarem em se inscrever como ouvintes gratuitamente devem entrar em contato com o e-mail coloquiodepoliticaspublicas@gmail.com.
SERVIÇO:
Colóquio Políticas Públicas Estruturantes para o Brasil – Século XXI
Endereço: LNCC – Av. Getúlio Vargas, 333 – Quitandinha, Petrópolis – RJ, 25651-076
Aos jornalistas/veículos que se interessarem em participar, favor entrar em contato com o e-mail coloquiodepoliticaspublicas@gmail.com (falar com Aura)
O estudo “Transição Desigual: as violações da extração dos minerais para a transição energética no Brasil“, conduzido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lança luz sobre as dinâmicas de extração mineral e seus impactos socioambientais. A pesquisa avalia como a crescente demanda por minerais estratégicos, essenciais para a transição energética global, está provocando uma série de conflitos e violações no Brasil.
De acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), o setor extrativo voltado para minerais críticos da transição energética tem experimentado um crescimento substancial nas últimas décadas. “Os dados da ANM indicam que o setor extrativo de minerais da transição energética está em crescimento nas últimas décadas no Brasil, tanto em ganhos financeiros, como em novos investimentos. Observa-se também um incremento do discurso político e empresarial em torno dos minerais da transição como uma forma de legitimação da mineração”, destaca o coordenador da pesquisa Luiz Jardim Wanderley, do Departamento de Geografia da UFF.
O relatório revela que a exploração de minerais da transição energética cresceu 39% na última década, em contraste com o aumento de 9,3% do setor mineral como um todo. Os investimentos em pesquisa para esses minerais dispararam 240%, comparados a 150% no setor mineral geral entre 2013 e 2022. Entre 2020 e 2023, foram registrados 348 conflitos envolvendo minerais críticos em 15 estados brasileiros, afetando 101.239 pessoas e abrangendo 249 localidades. Pará e Minas Gerais concentram 66,7% desses conflitos, com a Amazônia Legal enfrentando o maior impacto. Barcarena (PA), Canaã dos Carajás (PA) e Craíbas (AL) são os municípios mais atingidos.
Pequenos proprietários rurais, trabalhadores e indígenas foram os grupos mais prejudicados, e mineradoras internacionais e nacionais foram identificadas como as maiores violadoras. A pesquisa destaca que os minerais críticos, como cobre e bauxita, são responsáveis por uma significativa parcela dos danos. As disputas envolvendo terra, água, saúde e trabalho revelam um padrão persistente de injustiças ambientais e sociais.
O coordenador da pesquisa salienta que a economia de baixo carbono exige a expropriação de territórios, portanto compreender o debate da transição energética para além da mudança da base tecnológica, focada na redução da emissão de CO², permite a reflexão sobre a intensidade de extração e como ela se relaciona aos níveis de consumo global. “Não é um problema do futuro. A política para a transição já provoca inúmeros tipos de conflitos e violações de direitos a partir da extração de minérios. Por outro lado, as comunidades, que historicamente preservaram os bens naturais, vêm resistindo a esses projetos, defendendo seus territórios e modos de vida”, acrescenta Wanderley.
As conclusões apontam para a necessidade urgente de reavaliar o debate sobre a transição energética, considerando os impactos negativos da extração mineral e promovendo uma abordagem mais justa e sustentável para o futuro.
Para mais informações sobre o relatório “Transição Desigual: as violações da extração dos minerais para a transição energética”, entre em contato com imprensa@id.uff.br.
O Ministério da Saúde (MS) reportou casos de microcefalia e anomalias congênitas causadas por transmissão vertical da febre oropouche. A professora do Departamento Materno-Infantil da UFF, Renata Artimos, explica a relação da contaminação vertical de Oropouche com as anomalias e aborda medidas de prevenção para gestantes. Com mais de 7400 casos registrados em 23 estados, o Brasil vive um surto da doença. Para explicar as causas, o professor do Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Rafael Brandão, analisa os fatores ambientais e sociais que contribuíram para o aumento no número de casos e apresenta informações sobre como diagnosticar o vírus.
Pesquisa do Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) em parceria com a Marinha do Brasil utilizou a Ilha da Trindade, importante base militar e de pesquisa localizada a mais de mil quilômetros da cidade de Vitória, no Espírito Santo, como estudo de caso para a implementação de sistemas renováveis de energia. O artigo “Viability of renewable energy integration in isolated systems in Brasil – A case study at Trindade Island (Espírito Santo, Brasil)” avaliou quatro opções de geração de energia e apresenta metodologia que pode ser aplicada em outros sistemas isolados.
A campanha de conscientização para o aleitamento materno “Agosto Dourado” tem como objetivo enfatizar o esforço contínuo em educar e apoiar as mães quanto à amamentação, a fim de alcançar as metas de saúde infantil e materna estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na Universidade Federal Fluminense (UFF), esse trabalho é desenvolvido pelo projeto de extensão Apoio Nutricional e Integrativo à Maternidade (Anima), coordenado pela professora da Faculdade de Nutrição, Daniele Mendonça. A iniciativa oferece uma gama de serviços especializados em nutrição e apoio à amamentação, com foco em gestantes, lactantes e na introdução alimentar dos bebês. O atendimento é gratuito e tem como base o bem-estar físico e socioemocional das mães e dos bebês.
Segundo a Associação Mensa Brasil, existem 3,5 mil brasileiros superdotados/com altas habilidades. Deste dado, cerca de 25% (mil pessoas) são crianças ou adolescentes. Esse número pode ser ainda maior, considerando a falta de diagnósticos que resultam na subnotificação da quantidade real. Em 10 de agosto celebra-se o Dia Internacional da Pessoa com Altas Habilidades/Superdotação e, para trazer mais informações quanto à condição e suas particularidades, convidamos neste UFF Responde, as docentes Cristina Delou e Fernanda Serpa para falarem mais sobre as características dessas condições, os desafios enfrentados no ambiente escolar e social e a importância da orientação psicológica e pedagógica para lidar com essas capacidades.
Fruto de uma parceria entre o Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da Universidade Federal Fluminense (InEAC-UFF), o Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Centro de Referência em Acesso a Direitos e Administração de Conflitos (CRADAC) promove atendimento gratuito à população, especialmente mulheres encarceradas e vítimas de erros judiciários por reconhecimento fotográfico. A iniciativa também realiza a formação de advogados sobre o tratamento desigual pelo sistema de justiça a partir de cursos de extensão e objetiva futuramente a criação de outros escritórios com o fim de promover a qualificação e o aprimoramento de mais advogados na área criminal do estado do Rio de Janeiro.
Nesta semana nacional de conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF), liderado pela doutora Andréa Tosta, sob orientação do professor Pablo Pandolfo, ambos do Laboratório de Neurobiologia do Comportamento Animal (LNCA/UFF), traz importantes inovações na pesquisa em neurodesenvolvimento relacionada ao TDAH. O experimento foi o primeiro a mostrar em suas principais evidências que a natação durante a gravidez pode ser uma estratégia promissora tanto para tratar os sintomas da pessoa com o transtorno, quanto para trazer benefícios para os bebês das gestantes com TDAH.