Visando entender o perfil de candidatura de pessoas de identidade religiosa no campo das matrizes africanas nas próximas eleições municipais, o grupo de pesquisa Ginga da Universidade Federal Fluminense (Ginga-UFF) desenvolveu um estudo sobre a composição do perfil desses candidatos no universo da política eleitoral, em contraste com os demais segmentos religiosos. O levantamento identificou 284 candidaturas de religiosos de matriz africana (3,3%), 157 católicas (1,8%) e 8.290 evangélicas (94,9%). No Rio, 10% dos candidatos estão associados às religiões de matriz africana. Além da capital, Niterói, Duque de Caxias e São João de Meriti são os municípios que apresentam mais concorrentes de terreiro. No contexto estadual, a pesquisa se aprofunda e relaciona os dados coletados com os cargos em disputa; a cor, raça e gênero dos candidatos; os partidos pelo qual concorrem; o grau de instrução; e a ocupação de cada um.
Teleatendimentos são gratuitos para toda a população
Durante todo o mês de outubro, das 10h às 18h, de segunda-feira a sábado, médicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) participam da campanha nacional de conscientização “TeleSífilis”, como parte das atividades referentes ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que acontece em 19 de outubro. Para atendimento, o público deve ligar para o número (21) 3005-3102.
A iniciativa da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), pretende, a partir de atendimentos telefônicos, orientar a população sobre a doença, em especial para gestantes. Médicos da UFF, vinculados ao Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis (MIP/CMB), integram a ação como voluntários. O serviço está disponível para toda a população.
O objetivo é, por meio de uma linha telefônica com seis pontos de atendimento operados por médicos experientes em sífilis e outras ISTs, fornecer informações sobre modos de transmissão, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento da doença. Os profissionais que atenderão na campanha também vão reforçar a importância de que as pessoas com suspeita ou confirmação de sífilis comuniquem suas parcerias sexuais para que estas também busquem orientação em um serviço de saúde.
É importante ressaltar que em nenhum momento serão solicitados exames laboratoriais ou prescrições de tratamentos durante o atendimento.
As dúvidas mais frequentes relacionadas à doença, assim como os dados demográficos básicos das pessoas (gênero, faixa etária, região e outros), serão registradas no atendimento para estudos e análises futuras. Todas as informações coletadas ficam sob sigilo, sem a possibilidade de identificação dos indivíduos.
Liderado pela professora do Departamento de Engenharia de Agronegócios da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aldara da Silva César, o projeto “Cantinho do Reúso” analisou os impactos econômicos, sociais e ambientais que ocorrem pela perda e pelo desperdício de alimentos em 14 restaurantes da região Sul Fluminense, que oferecem cerca de 12 mil refeições por dia, e propõe ações para mitigar essa situação. A docente também explora formas sustentáveis para diminuir o impacto do desperdício de alimentos no meio ambiente.
Levantamento do grupo Ginga-UFF qualifica dados do TSE para analisar candidatos por identificação religiosa no país
Das 8.731 candidaturas com viés religioso no país, 284 estão associadas a crenças de matriz africana (3,3%). É o que aponta o levantamento do grupo de pesquisa Ginga da Universidade Federal Fluminense (Ginga-UFF), com base em dados coletados no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas redes sociais dos candidatos, por meio de busca por palavras-chave referentes às religiões e em sites de notícias. A pesquisa identificou, ainda, 157 candidaturas católicas (1,8%) e 8.290 evangélicas (94,9%).
O estudo observa a composição do perfil de afrorreligiosos no universo da política eleitoral, em contraste com os demais segmentos religiosos, e evidencia que os estados com mais postulantes dentro desse perfil são: Bahia (50 candidaturas, 17,6%), São Paulo (48 candidaturas, 16,9%), Rio Grande do Sul (45 candidaturas, 15,8%) e Rio de Janeiro (41 candidaturas, 14,4%); enquanto no Amapá, Roraima, Acre e Mato Grosso do Sul não foram identificados representantes.
No Rio, 10% dos candidatos são afro religiosos
No contexto estadual, 41 das 395 candidaturas religiosas (10,4%) estão associadas a crenças de matriz africana. Além da capital, Niterói, Duque de Caxias e São João de Meriti são os municípios que apresentam mais concorrentes de terreiro; já os evangélicos somam 88,4% e os católicos 1,3%. A pesquisa também relaciona os dados coletados com os cargos em disputa; a cor, raça e gênero dos candidatos; os partidos pelo qual concorrem; o grau de instrução; e a ocupação de cada um.
Com foco no gênero, a análise observa diferenças significativas entre os grupos religiosos. As candidaturas femininas predominam entre o segmento de matriz africana, representando 63,4% do total. O perfil oposto é encontrado nos postulantes cristãos, dado que, entre os evangélicos, 71,1% dos candidatos são homens e as cinco candidaturas católicas identificadas são masculinas.
O estudo revela um panorama de diversidade racial entre os candidatos religiosos nas eleições municipais de 2024, com destaque para as particularidades nos diferentes segmentos e uma predominância de candidatos negros. Entre os perfis analisados, 83% dos concorrentes afro e 70,5% dos evangélicos se autodeclaram pretos ou pardos. As candidaturas católicas, por outro lado, apresentam 60% de brancos.
Os católicos também representam a maior frequência de candidatos religiosos com ensino superior completo (40%), seguido pelos afrorreligiosos (26,8%) e pelos evangélicos (17,8%). Aprofundando o grau de instrução formal, as candidaturas de religiosos de matriz africana apresentam ensino médio ou ensino superior completo em 82,9% dos casos. Para candidaturas evangélicas este percentual é de 65,9%. Entre os católicos, todos têm, ao menos, o ensino médio completo.
Em relação à filiação partidária, o levantamento revela a capilaridade dos evangélicos independente do espectro ideológico. Em contrapartida, os afrorreligiosos apresentam maior proximidade com o PSOL (29,3%) e concentram as candidaturas em partidos progressistas, como: PSB (17,1%), PDT (14,6%) e PT (7,3%).
A pesquisa do Ginga-UFF complementa os dados disponibilizados pelo TSE com informações sobre religião ou pertencimento religioso e proporciona ferramentas de análise para entender esse aspecto dentro do processo político e do ativismo político de grupos específicos. Os resultados corroboram o fato de os evangélicos se apresentarem como aqueles que mais incorporam formas de se autoidentificar ao nome registrado na urna, e sinaliza que lideranças afrorreligiosas despontam no cenário político.
- A UFF possui fontes do Ginga disponíveis para entrevistas
- O levantamento dispõe de informações e gráficos adicionais que podem ser disponibilizados, conforme interesse.
- Para mais informações, entre em contato com a assessoria de imprensa da UFF pelo e-mail: imprensa@id.uff.br
De acordo com um estudo da OMS, as superbactérias representam uma ameaça crescente à saúde pública. O patologista e professor da Faculdade de Medicina da UFF, Thiago Chagas, alerta para o aumento da resistência das bactérias aos antibióticos convencionais e explica como esse fato contribui para o surgimento de doenças e infecções. O especialista também analisa o impacto da proliferação de bactérias mais resistentes no equilíbrio do organismo e a dificuldade de tratamentos eficazes. Como alternativa, novos protocolos foram incorporados pela Anvisa, como o uso do Recarbrio.
O Brasil é um dos maiores produtores de rã do mundo, atrás apenas de Taiwan e Indonésia.. No entanto, a ranicultura apresenta altos índices de desperdício da carne do animal, uma vez que somente as pernas são consumidas e cerca de 70% da carcaça da rã e vísceras são subprodutos de baixo ou nenhum aproveitamento. Como alternativa sustentável e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento da ONU, uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense (MGV/UFF) aproveita o dorso e fígado da rã para produzir um produto alimentício na forma de patê, visando à redução do desperdício da parte superior do animal.
A Universidade Federal Fluminense (UFF) promove, no próximo sábado (28), o evento Simplesmente Mulher, uma ação voltada para orientar o público sobre diversos temas pertinentes às mulheres, suscitar a reflexão sobre a importância da luta por equidade social e promover o autocuidado da saúde feminina. A edição acontece das 10h às 16h, nos Jardins da Reitoria, localizado na Praia de Icaraí, em Niterói. A entrada é gratuita e aberta ao público.
O evento conta com uma programação diversificada, que inclui oficinas, rodas de conversa e exposições sobre temas essenciais como saúde feminina individual e coletiva, mulheres nas ciências e nas artes, maternidade e empoderamento feminino. As atividades serão realizadas por ações extensionistas que trabalham com a temática da mulher, as quais vão compartilhar conhecimentos e experiências em diversas áreas.
Entre as atividades, destaca-se uma roda de amamentação coletiva, para reunir lactantes em um momento de acolhimento e apoio à amamentação. Além disso, a iniciativa também terá atividades infantis, possibilitando a participação de toda a família.
O evento é parte do compromisso da UFF com a promoção da equidade de gênero e da inclusão.
SERVIÇO:
Data: 28 de setembro de 2024 (sábado)
Horário: 10h às 16h
Local: Jardins da Reitoria da UFF – Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói, RJ
Entrada: Gratuita
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cddex.proex@id.uff.br
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
- Oficina Sensorial: Uma experiência imersiva para explorar os sentidos.
- Aproximando Meninas das Exatas com Circuitos em Papel: Incentivo ao interesse em tecnologia e ciências.
- Oficina de Promoção de Saúde Mental: Em parceria com o projeto de extensão Prosain.
- Descascando a Ciência: Explorando a fascinante área da ciência.
- Estudando o Sistema Imunológico através da Obesidade nas Mulheres: Abordagem sobre imunologia e obesidade.
- Gênero e In/exclusão em Perspectivas: Reflexões sobre gênero e inclusão.
- Saúde da Mulher em LIBRAS: Oficina inclusiva em Língua Brasileira de Sinais.
- Diálogos sobre Amamentação e Maternidade: Roda de conversa com gestantes e lactantes.
- TOXOUFF: Conhecimento e prevenção da toxoplasmose congênita e gestacional.
- Mulheres na Linguística: Primeiras ações e discussões sobre a presença feminina na linguística.
- Mindfulness: Técnicas para aquietar a mente.
- Incontinência Urinária na Mulher: A importância da fisioterapia pélvica para reabilitação.
- Exposição dos Produtos do Projeto: Mostra de produtos desenvolvidos em projetos de extensão.
- Vamos Conversar sobre Menstruação?: Discussão sobre saúde menstrual.
- Meninas e Mulheres na Ciência Coluni-UFF: Jogos de tabuleiro educativos.
- O Mama Chama Pro Mamaço-UFF: Roda de amamentação com lactantes.
- Conhecendo as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS UFF): Apresentação de práticas integrativas.
- Saúde Bucal Frente ao Tratamento Oncológico: Abordagem sobre saúde bucal e autoestima.
- Amor em Cada Fio – Conversa sobre Cabelos: Diálogo sobre cuidados e significados dos cabelos.
- Matema.Ativa: Oficina de matemática criativa e ativa.
- Computação Também é Coisa de Menina!: Oficina sobre computação voltada para meninas.
- Viagem Multissensorial ao Mundo dos Parasitas: Experiência sensorial sobre parasitas.
- Violência Doméstica e o Papel da Odontologia: Discussão sobre violência doméstica e odontologia.
- Falando sobre Uso Racional de Medicamentos: Oficina sobre uso racional de medicamentos.
- Casa da Descoberta: Atividades para crianças com experimentos científicos e realidade virtual.
- O Criar da Arte e o Criar da Vida no Direito de Ser Menina: Oficina sobre criação artística e empoderamento feminino.
- Tenda dos Ultraprocessados: Conversa sobre alimentação saudável.
Medida contempla o ingresso em cursos de graduação e pós-graduação a partir de 2025
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal Fluminense (CEPEx-UFF) aprovou, em reunião extraordinária nesta quinta-feira (19), a reserva de vagas para ingresso de pessoas trans, a partir de 2025. Com a medida, a UFF se torna a primeira universidade federal do estado do Rio a contar com vagas destinadas a estudantes trans na graduação. A estimativa é que cerca de 360 pessoas possam ser contempladas com essa nova política.
De acordo com a decisão do Conselho, serão reservadas 2% das vagas para pessoas trans nos processos de ingresso na graduação – processo equivalente ao que já ocorre nas demais políticas afirmativas vigentes na universidade -, além de uma vaga extra para cada curso de pós-graduação.
“A expectativa é que a medida amplie o acesso ao ensino superior e favoreça um ambiente acadêmico cada vez mais democrático, diverso e plural, alinhado à missão institucional da UFF em promover a equidade e a justiça social. Com sensibilidade, incorporamos a pauta da luta por mais diversidade e inclusão, reforçando o pioneirismo da nossa universidade no combate às desigualdades estruturais e no fortalecimento das Políticas de Ações Afirmativas”, celebra o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.
A resolução aprovada foi construída a partir da interlocução entre o movimento de estudantes trans da UFF e a gestão da universidade. Para a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto, a atuação destacada dos coletivos discentes foi fundamental para o sucesso da proposta.
“Essa política de ingresso é fruto do protagonismo do movimento estudantil trans da UFF e do diálogo com a Administração, que possibilitou a construção consensual da proposta final revisada e ratificada hoje. A aprovação dessa política e a sua implementação já no próximo ano mostram que a universidade está comprometida com ações sociais que visam à redução das formas de discriminação, de exclusão e de violência. A universidade, por meio da sua autonomia, cumpre mais uma vez o seu papel social.”
Ações afirmativas também são contempladas no mestrado e doutorado
Pioneira na graduação, a UFF oferta vagas exclusivas para estudantes trans em programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) desde 2018. Atualmente, 18 cursos possuem editais com reserva de seleção para pessoas trans e, com a nova política, todos os programas devem disponibilizar ao menos uma vaga a partir do próximo ano.
Além de desenvolver ações visando ao acolhimento e à permanência estudantil, a UFF também disponibiliza um Manual de Acessos para Estudantes Trans, produzido por estudante da UFF, e trabalha, por meio da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES/UFF), na constituição da Comissão Permanente Travestigêneres da UFF, que atuará na assessoria da PROAES para as proposições e acompanhamento de políticas e ações sobre o tema.
O Brasil registrou um aumento nas doações de órgãos e tecidos, impulsionado tanto pelas campanhas de conscientização quanto pela implementação da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). No entanto, apesar deste avanço, um desafio ainda persiste: cerca de 43% das famílias de pessoas com órgãos funcionais se recusam a autorizar a doação. Diante desse cenário, a professora permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFF discute os cenários e perspectivas da doação de órgãos no país. A especialista aponta a necessidade de expandir o diálogo sobre o tema, a fim de combater a desinformação e conscientizar a população sobre a importância dessa ação.
A tese do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM – UFF), de Lucineide Magalhães de Matos, analisa o processo de construção do Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como “PL das Fake News”, buscando caminhos para compreender e indicar respostas ao movimento de crescimento da desinformação. Embora o PL tenha recebido rápida aprovação, enfrenta desafios como a falta de uma definição precisa sobre o conceito e a resistência de plataformas digitais. A pesquisa sugere que a regulação deve ser mais que reativa, incorporando maior transparência e responsabilidade para combater efetivamente a desinformação na era digital.