Em 2024, o golpe militar que depôs João Goulart completa 60 anos. Durante os quatro anos do governo do ex-presidente Bolsonaro a data foi celebrada pelas forças armadas do país sob a justificativa de que o regime salvou a democracia e pacificou o país. Além disso, nos últimos anos algumas manifestações populares que clamavam por intervenção militar e relativizam o caráter autoritário do governo e as violações ocorridas durante a ditadura. Com a reeleição do presidente Lula em 2022, a relação entre o poder executivo e os militares se tornou um ponto delicado, principalmente após os acontecimentos que culminaram no dia 8 de janeiro e a operação Tempus Veritatis.
Para explicar com mais detalhes a memória e as contínuas consequências das violações ocorridas nesse período, convidamos a historiadora e professora do departamento de Sociologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Joana D’arc.
Criado pela Universidade Federal Fluminense, o ‘Projeto Circuito de Skate UFF nas Cidades’ é uma iniciativa que acontece em colaboração com a Secretaria Nacional de Esporte Amador, Educação Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, e permite a disseminação do skate como um elemento agregador, integrador e conscientizador. O propósito principal é sensibilizar os participantes sobre a importância do esporte não apenas como uma prática física, mas como um meio para aprimorar a saúde e fortalecer os laços sociais. As atividades programadas nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte aconteceram em janeiro e fevereiro deste ano e, a partir do próximo dia 15 de março inicia-se mais uma etapa, que ocorrerá em São Gonçalo/RJ. Todas as próximas edições acontecerão em diferentes cidades do estado do Rio de Janeiro. Para participar basta ir nos dias das ações para se inscrever. Lembrando que o público alvo são crianças e adolescentes, sendo assim, os responsáveis precisam estar presentes no ato da inscrição.
O projeto Include Meninas da Universidade Federal Fluminense (UFF), há oito anos, incentiva a participação de alunas do ensino médio e fundamental no mundo das exatas e da computação. Oferecendo palestras, oficinas e aulas de programação, a iniciativa combate estereótipos e busca ampliar a representatividade feminina na área de tecnologia. Atuando em parceria com professoras do departamento de Neurobiologia da UFF, o projeto beneficia escolas públicas de Niterói. Além de impactar estudantes, estende suas ações a alunas universitárias, proporcionando acolhimento e troca de experiências. Premiado três vezes, o projeto destaca-se na promoção da inclusão feminina na tecnologia.
A Universidade Federal Fluminense (UFF) promove o projeto de extensão “Salve uma Vida”, em parceria com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), visando capacitar a população do estado do Rio de Janeiro em Suporte Básico à Vida. O curso, realizado em escolas, unidades hospitalares e academias, conduzido por alunos de Medicina e docentes da UFF, ensina técnicas de primeiros socorros, com ênfase na identificação e abordagem de situações como ataque cardíaco e asfixia. Relatos de participantes da capacitação destacam a importância dos conhecimentos adquiridos em emergências reais.
A plataforma “Saúde Raras” é uma resposta à falta de informação sobre doenças raras no Brasil. Coordenada pela professora Patrícia Saldanha, da UFF, o projeto visa fornecer informações acessíveis, com o apoio de que convivem com doenças raras, como Adriana e Letícia Santiago e Ana Braga. Estruturada em pilares como linguagem acessível e orientações sobre direitos e tratamentos, a plataforma tem previsão de ser lançada no primeiro semestre de 2024, em conjunto com ações coordenadas, incluindo o envolvimento da sociedade civil na estruturação do site e a divulgação nas redes sociais.
Na atualidade, a veracidade das informações compartilhadas nas redes está em xeque devido ao aparecimento de mecanismos digitais que facilitam a criação de notícias falsas. A preocupação ultrapassa as fronteiras nacionais: o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial aponta a desinformação como o problema mais grave a ser enfrentado nos próximos dois anos pela comunidade internacional. Visando mudar esse quadro, movimentos no Brasil buscam responsabilizar, além dos usuários que publicam conteúdos falsos, as plataformas, pela circulação desse material. Para entender do que se trata, quais os desafios e impactos da regulamentação das plataformas, conversamos com o professor Viktor Chagas, especialista da Universidade Federal Fluminense (UFF) em cultura e mídia, além de membro associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital.
Dois estudos da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), analisam tweets sobre as fortes chuvas que atingiram a cidade do Rio de Janeiro em abril de 2019, evento considerado um fenômeno climático extremo. A finalidade dos trabalhos é compreender como são construídas as narrativas sobre o acontecimento, quem são os agentes produtores dessas informações e os seus respectivos territórios. Os trabalhos identificam que o Twitter contribui para a consolidação de redes de engajamento social, mas também é utilizado para ampliar o negacionismo climático. Os bairros mais ricos são os mais referenciados na rede social. Isso reforça a cidade do Rio de Janeiro como um território marcado por desigualdades sociais que impossibilitam a participação da população mais vulnerável no debate.
Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF) utiliza a computação para investigar os desafios da administração hospitalar em relação à distribuição de leitos em hospitais. O estudo criou um sistema computacional inteligente capaz de ajudar os administradores a designar leitos de hospitais aos pacientes de maneira rápida, eficiente e com o menor custo.
Projeto de extensão da UFF, ligado ao curso de Cinema e Audiovisual, analisa o samba a partir de referenciais teóricos, buscando olhar para o gênero musical por meio da academia. Além de apresentar o assunto como um possível tema para investigação científica, o projeto “Tocando meu candongueiro: As matrizes do Samba no Rio de Janeiro” também pesquisa o surgimento do gênero musical e a sua importância como uma forma de reafirmar a presença negra na construção cultural do Rio de Janeiro e do Brasil.
No Rio de Janeiro, o carnaval e o turismo tecem uma narrativa inseparável. A pesquisa de Fabiana Martins, doutora em História Social intitulada “Modernidade Negra na Praça Onze: escolas de samba, ação política e a construção do Carnaval turístico”, desvela a complexa interação entre as escolas de samba e as ações políticas que moldaram o carnaval carioca em um destino turístico globalmente renomado.
A análise aborda a presença marcante da questão racial na formação das escolas de samba e a influência dessa dinâmica no processo de turistificação do carnaval carioca e sobre sua representatividade no imaginário dos visitantes estrangeiros. Apesar de ser um negócio lucrativo e fonte de emprego, a pesquisa aponta desafios persistentes, destacando o racismo presente em discursos midiáticos e questionando a distribuição dos lucros do evento, bem como a efetividade das décadas de relação entre as escolas de samba e o poder público em benefício das comunidades de origem. Proporcionando uma análise crítica para o entendimento pleno desse fenômeno cultural e turístico emblemático do Rio de Janeiro.