Desde 2015 a Venezuela vem passando por grave crise política e econômica e segundo o ACNUR, em junho de 2019 segundo dados de governos 4.001.917 de nacionais da Venezuela constam como solicitantes de reconhecimento da condição de refugiado, refugiados e residentes em seus sistemas. O Brasil é o quinto país de entrada de venezuelanos e hoje tem aproximadamente 62 mil pedidos de solicitação de refúgio além de mais de 30 mil portadores de visto temporário e um programa de interiorização no país desenvolvido pelo governo e parcerias. O acentuado fluxo de venezuelanos aprofunda problemas relacionados à ínfima estrutura e atenção de políticas públicas à população local o que dificulta a integração e gera a xenofobia. A cidade fronteiriça de Pacaraima e outros municípios em Roraima bem como Boa Vista historicamente apresentam uma renda per capita abaixo da média nacional. Acirradas lutas políticas entre governo do estado e capital e disputas judiciais entre latifundiários e indígenas, uma vez que 70% das terras do estado são indígenas, integram parte da complexa situação que impacta a população refugiada venezuelana indígena e não indígena. A Roda de Conversa objetiva debater esses aspectos a partir da experiência na fronteira em que o diálogo entre a ajuda humanitária e as políticas sociais é atravessado por limites e possibilidades.
A Roda de Conversa será realizada no dia 10 de setembro, das 10h às 17h na sala 414 da Escola de Serviço Social, localizada na Rua Alexandre Moura, 8 - Bloco E - Campus do Gragoatá - São Domingos - Niterói - RJ.