O livro “O Arquivo e o Lugar: Custódia arquivística e a responsabilidade pela proteção aos arquivos” (Eduff, 2017), de Margareth da Silva, ficou em primeiro lugar na categoria “Ciências Sociais Aplicadas”, do Prêmio Abeu 2018. O anúncio foi feito nessa segunda, 5 de novembro, durante a cerimônia de premiação realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Na obra, a autora denuncia a falta de acesso e preservação dos documentos e acredita que a desvalorização da área no Brasil compromete a transparência. Para ela, a saída é política. “Arquivo não pode ser considerado como um órgão desse ou daquele governo, sujeito às flutuações políticas e econômicas, ele deve ser compreendido como órgão do Estado, que deve satisfações aos cidadãos. O arquivo no mundo contemporâneo deve ser um lugar de exercício da cidadania”.
“O arquivo e o lugar” se organiza com foco nos produtores e usuários dos documentos, e não nas instituições arquivísticas. A obra engloba a polissemia do termo arquivo e o embate acerca da validade da custódia, conceitos que são esclarecidos à luz do Direito, da História da tecnologia e da Arquivologia. Além disso, a obra explora a dificuldade que a Arquivologia vem experimentando em lidar com o crescimento exponencial do volume de documentos e enfrentar a obsolescência tecnológica que ameaça, ainda mais, a situação precária do campo dos arquivos.
Prêmio Abeu 2018
Criado em 2015, o Prêmio ABEU tem por objetivo selecionar anualmente as melhores edições universitárias no âmbito do conhecimento científico e acadêmico, além de premiar o projeto gráfico mais acurado.
Na quarta edição da premiação, a Associação Brasileira das Editoras Universitárias, o número de categorias passou de cinco para sete, com a divisão de “Ciências Sociais e da Expressão” em “Ciências Sociais Aplicadas” e “Linguística, Letras e Artes”.
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