Em “O mercado de crédito na corte joanina” (Eduff, 2019), a historiadora Elizabeth Souza analisa as relações sociais de empréstimos na cidade do Rio de Janeiro durante o período joanino, entre 1808 e 1821. No mais novo lançamento da Eduff, a autora se utiliza da História Econômica e da Social para investigar como essas relações influenciaram as instâncias político-administrativas do governo de Dom João VI.
Por meio do sistema de crédito, a Elizabeth Souza investiga como a metropolização do Rio de Janeiro e os costumes sociais regularam os endividamentos na cidade. A cautela na liberação de empréstimos não se deixava inibir pelos graus de amizade e parentesco e tinha juros, prazos e hipotecas como elementos comuns das negociações. Os agentes das relações de crédito abrangiam desde os homens mais ricos e influentes da sociedade até negros livres, forros e mulheres.
Para garantir a segurança do retorno do empréstimo, o acesso à informação era de extrema importância. Esse acesso se dava pelo tabelião, que buscava as informações registradas no cartório e as repassava para os credores, ou pela imprensa, que se popularizou como um “espaço de divulgação de notícias e construção de imagens das relações de empréstimo”. A pesquisa de Elizabeth Souza abrange todo esse repertório e se dirige aos estudiosos da história econômica e social.
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