Raphaela Giffoni Pinto é a nova presidente da UFF Acessível, a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Universidade Federal Fluminense. Técnica em assuntos educacionais, ela assumiu o cargo em 16 de julho: “A responsabilidade é enorme, mas o grupo da comissão é muito potente, trabalhamos em rede e isso nos fortalece. Além disso, a escolha de um membro de uma unidade do interior para ocupar essa função é o reconhecimento de um esforço coletivo empreendido pela comunidade acadêmica do Campus Aterrado: estudantes, técnicos, docentes e terceirizados”, avalia a servidora de Volta Redonda, no sul do Estado do Rio.
Raphaela é mestre em História pela UFF, e membro da Comissão UFF Acessível desde a sua criação, em 2019. Está na linha de frente do movimento pela efetiva inclusão e acessibilidade na UniveArsidade, e foi integrante do Grupo de Trabalho Acessibilidade e Inclusão, que elaborou o Plano Institucional de Acessibilidade da Universidade Federal Fluminense. Há nove anos nessa missão, ela e a equipe são responsáveis pelo acompanhamento de estudantes com deficiência e necessidades educacionais específicas, pelo apoio aos docentes e ao desenvolvimento de atividades ligadas a melhoria da condição de estudo e permanência destes discentes na instituição.
Volta Redonda tem um trabalho de ponta em acessibilidade e é o segundo maior campus da Universidade em número de estudantes com deficiência, necessidades educacionais específicas e transtornos de aprendizagem. Ao longo dos anos, a equipe do SAE, que é vinculado ao Instituto de Ciências Humanas Sociais, ICHS, construiu com a experiência junto a esses alunos, uma cultura de inclusão no campus. Estão no grupo, além de Raphaela, a técnica em assuntos educacionais Milene Siqueira Vicente de Vasconcelos, a assistente administrativa Patrícia de Araújo Rios, e as assistentes sociais Débora Sodré Motta e Gabriella Xavier. O Instituo de Ciências Exatas. ICEX, também faz parte deste trabalho.
Segundo Raphaela, a gestão dos institutos tem sido parceira do Setor de Apoio Educacional desde o início, quando surgiram as primeiras demandas de inclusão. O apoio culminou com o atual investimento em tecnologia assistiva de pessoal; a definição do percentual de 1,5 % de livre ordenação dos institutos para as questões de inclusão e acessibilidade; a aprovação do Plano de Acessibilidade e Inclusão do Campus Aterrado, documento norteador em sintonia com o Plano UFF Acessível; a consolidação de equipe multiprofissional no SAE, através da contratação, via ICHS, de profissional de atendimento educacional especializado, AEE, para o acompanhamento acadêmico dos estudantes com deficiência intelectual e seus docentes; a aprovação do curso de pós-graduação lato sensu em Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência, organizado pelo SAE e professores parceiros.
Profissional de destaque na busca por uma UFF mais acessível e inclusiva, Raphaela Giffoni gosta de lembrar e contar como entrou nesse trabalho desafiador, mas também inspirador: “Eu estava retornando da licença-maternidade quando recebi uma ligação que mudaria minha trajetória profissional – e por que não de vida? – para sempre. Era Lucília Machado, ex- presidente da Comissão UFF Acessível, à época coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Sensibiliza, que me passava informações sobre o ingresso de um estudante com deficiência visual no curso de Ciências Contábeis. Começava ali um aprendizado que nunca mais cessou”.