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Ambulatório clínico do SPA passa por reforma e conta com mais consultórios

O Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da UFF, aberto à comunidade desde 1977, reformou totalmente seu ambulatório clínico. O SPA representa um importante centro de referência para tratamento psicoterápico em Niterói e desenvolve um trabalho institucional em creches, escolas, hospitais e empresas. O serviço é pioneiro e oferece o único laboratório de psicoterapia pública na região fluminense, onde atende, mensalmente, cerca de 300 pessoas.

A reforma foi realizada para modernizar as instalações do ambulatório clínico, e integra um amplo programa de melhoria das instalações da infraestrutura física da universidade. Promovido pela reitoria, o programa inclui as novas instalações da Superintendência de Relações Internacionais (SRI), no campus do Gragoatá, da Agência de Inovação (Agir), no campus da Praia Vermelha, bem como diversas obras nas unidades fora de sede, como o laboratório de análises clínicas em Nova Friburgo, a reforma da biblioteca em Macaé, dentre inúmeros outros exemplos.

Segundo o reitor Sidney Mello, “a reforma evidencia o empenho da administração em investir na qualificação da universidade em todas as áreas, mesmo nas circunstâncias de crise que o país experimenta atualmente. Seguimos realizando na direção de oferecer as melhores condições para o ensino, a pesquisa e a extensão”.

É um serviço altamente reconhecido em Niterói, que atua tanto no atendimento à comunidade quanto para os alunos na sua formação profissional”, Virgínia Dresch

A obra possibilitou a aquisição de um mobiliário novo, aparelhos de ar-condicionado, banheiros com acessibilidade no andar do SPA, alto-falantes com som ambiente e um sistema de isolamento acústico nas salas de atendimento, o que permite um salto na qualidade do serviço e maior bem-estar aos pacientes. O número de consultórios aumentou de 14 para 18 salas nos atendimentos individual e em grupo, sete delas exclusivas para o público infantil.

Para a diretora do SPA, Virgínia Dresch, os consultórios são também um laboratório de ensino, pois preparam os estudantes de Psicologia para o exercício da profissão. “Eu costumo dizer que o SPA é a menina dos olhos da Psicologia. É um serviço altamente reconhecido em Niterói, que atua tanto no atendimento à comunidade quanto para os alunos na sua formação profissional”, afirmou.

Entretanto, o SPA não se limita apenas a suas instalações físicas. O serviço reúne 30 professores trabalhando em diversas áreas. “Temos projetos na rede de saúde mental, na rede municipal de educação, no Conselho Tutelar, no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap). Todos eles passam pela nossa avaliação e são de responsabilidade do SPA”, ressaltou a diretora.

As consultas no ambulatório clínico são realizadas por alunos do curso de Psicologia que cumprem o Estágio Curricular, disciplina obrigatória da graduação. Dez professores supervisionam equipes fixas compostas de seis a 12 estudantes para cada professor. Os alunos também contam com o apoio de duas psiquiatras no acompanhamento do tratamento quando necessário.

A professora de Psicologia Maria Lídia Arraes Alencar destaca que o projeto é importante não só para a formação dos estudantes, mas também fundamental para toda a comunidade. “A pessoa pode atravessar a rua, pegar um ônibus ou a barca e vir até aqui. Nós estaremos à disposição para escutá-la. Aqui não tem fila”, enfatiza.

Segundo a estudante de Psicologia e estagiária do SPA, Paula Medeiros, a passagem pelo serviço é fundamental. “Durante esse período, o estagiário tem uma vivência intensa que alia teoria à prática, contribuindo para a sua formação como profissional de psicoterapia”, disse. A aluna Isabel Arello, outra estagiária do SPA, acredita que o serviço contribui para a abertura de novas possibilidades profissionais. Já o estudante Breno Dourado acredita que oferecer um trabalho responsável para a comunidade é um prêmio para os estudantes. “Este é o melhor momento da formação acadêmica e o mais importante”, frisou Breno.

Como funcionam as consultas

Cerca de 1,5 mil pacientes são atendidos por mês no ambulatório clínico, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, no Campus do Gragoatá, Bloco N, 5º andar. Toda quarta-feira, às 8h, é realizado um plantão em que novos pacientes são recebidos por um estagiário. A partir daí, eles são encaminhados para as equipes responsáveis pelos atendimentos psicoterápicos. No térreo do prédio, é publicado o número de vagas, disponíveis para aquele dia, que varia entre 10 e 15, aproximadamente.

O pagamento do serviço muda conforme a renda do paciente, sem valor definido. Segundo Virgínia Dresch, essa prática tem efeito terapêutico no tratamento. “É uma questão da dinâmica da clínica, consideramos importante que haja um pagamento, mesmo que seja simbólico”, conclui.

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