Como parte das ações da Universidade Federal Fluminense no combate ao novo coronavírus, o Instituto de Química, a Faculdade de Farmácia e o Laboratório Universitário Rodolpho Albino (LURA) firmaram uma parceria que vai resultar na produção de 1.400L de álcool a 70% INPM por semana, para atender a unidades hospitalares da UFF e também a Prefeitura de Niterói.
A iniciativa faz parte de uma plataforma regional de combate ao COVID-19 para a produção do álcool 70% INPM, da qual participam todas as universidades públicas sediadas no Rio de Janeiro, como a UFF, UFRJ, IFRJ, UNIRIO, UERJ, entre outras, com coordenação da UFRJ.
De acordo com o reitor Antonio Claudio da Nóbrega, “a produção do material é mais uma ação de proteção, valorização e cuidado com a saúde dos(as) profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus, funcionários das áreas essenciais, de saúde, limpeza e outros. Queremos salvar vidas! Nossa atuação junto à prefeitura e outras instituições tem como intuito articular tecnologias e soluções com foco na vida das pessoas e incluindo também ações de mitigação dos impactos sociais e econômicos causados pela pandemia.”
Paralelamente, nos Laboratórios da Farmácia Universitária (FAU) a produção do álcool a 70% INPM está sendo realizada há pelo menos duas semanas, usando mais de 240L de álcool doados pelos diversos laboratórios da universidade. Segundo a diretora da Faculdade de Farmácia Selma Castilho, a fabricação de álcool em gel também está prevista: “no momento a reitoria está buscando viabilizar a aquisição dos insumos necessários para darmos também inicio à produção desse produto”, enfatiza.
De acordo com o diretor do LURA, Carlos Peregrino, houve uma rápida e expressiva adesão à iniciativa logo após a divulgação na internet de uma convocação para o cadastramento de docentes e estudantes que quisessem participar: “em 48 horas, tivemos aproximadamente 280 cadastrados da comunidade interna, mostrando que a universidade está mobilizada, mesmo estando todos em suas residências, obedecendo ao isolamento necessário”, comemora.
Carlos destacou o apoio irrestrito recebido do reitor Antonio Claudio da Nóbrega e de todas as unidades administrativas para a execução deste projeto. E também estendeu o convite à comunidade externa para a colaboração com a ação: “a UFF já disponibilizou uma conta na Fundação Euclides da Cunha (FEC) para que todos possam nos ajudar a adquirir equipamentos de proteção individual (EPIs) para manter em segurança nossos profissionais de saúde que estão à frente desta batalha”, enfatiza.
Segundo o professor do Instituto de Química que também integra o projeto, Pedro Batalha, os alunos, tanto os graduandos quanto os de pós-graduação, têm tido um papel fundamental para que estas iniciativas avancem. “A maior parte pertence à graduação dos cursos de Farmácia, Engenharia Química e Química (Industrial, Bacharelado e Licenciatura), mas há também estudantes de outros cursos se disponibilizando a auxiliar A comunidade universitária está bastante motivada”, destaca.
De acordo com o docente, um banco de dados dos voluntários está sendo montado. “Na prática, fazemos uma seleção, de modo a minimizar a exposição e tentar garantir o máximo de fluxo de produção possível. Pessoas que tenham experiências prévias com manipulação de medicamentos, estágios em farmácias de manipulação e com processos industriais (farmoquímica e química) serão estratégicas nesse primeiro momento, mas profissionais de química, farmácia e engenharia química também podem se inscrever. Os interessados em particpar podem preencher o seguinte formulário: https://forms.gle/UvLHkxmMXy4NHjH56”.
Para o diretor do LURA, todos esses esforços realizados em diferentes unidades da universidade sinalizam para o quão crucial tem sido a universidade pública no atendimento às necessidades geradas no combate ao COVID-19. “Cada unidade, cada professor, cada aluno, ou técnico administrativo sabe da importância da luta contra essa pandemia. A despeito das dificuldades orçamentárias que nós enfrentamos mesmo antes dessa situação, a UFF se mantém firme no intuito de mostrar para a sociedade, inclusive para o Ministério da Educação, que não desistiremos jamais da nossa missão de ensinar, fazer ciência para todos, com todos e por todos!”, conclui.