A extensão universitária, responsável por aproximar a universidade da sociedade, é um dos pilares que formam a base do ensino superior brasileiro, juntamente com a pesquisa e o ensino. Nos últimos anos, a UFF vem reunindo esforços para que todos os seus cursos de graduação incorporem as atividades de extensão como componentes curriculares obrigatórios e, atualmente, já conta com 80% do total de cursos cumprindo com esse objetivo.
Incorporar as atividades extensionistas aos currículos dos cursos de graduação é um importante passo no sentido de seguir com o preceito constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Assim, a ampliação das práticas de extensão, com foco nas necessidades da sociedade, na formação dos alunos e na construção de conhecimento, vem possibilitando, em uma via de mão dupla, uma maior integração entre a UFF e a população, sempre com foco no compromisso ético e no desenvolvimento social.
Atualmente, são 57 cursos de graduação que incluíram a extensão como componente curricular obrigatório em 2023.1 e 47 com previsão de implementação em 2023.2, número já bem próximo da meta de incluir a extensão em 100% dos cursos de graduação, expressa no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFF (2018-2022).
Segundo a atual pró-reitora de extensão, Leila Gatti Sobreiro, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão pode e deve ser realizada de forma bastante natural na universidade. “Os dados obtidos em ações de extensão frequentemente são temas de pesquisas, gerando resultados que se revertem em novas ações de extensão. Todo esse conhecimento pode ser compartilhado em sala de aula, ampliando a troca de experiências para todos os discentes através da curricularização da extensão”, explica.
No ano de 2022, foram mais de 1.300 atividades de extensão desenvolvidas pela UFF, divididas em programas, projetos, cursos e oficinas, eventos ou prestação de serviços à sociedade. De acordo com Leila, o público direto que participou das atividades extensionistas da universidade chegou a um total de mais de 1,2 milhão de pessoas no ano passado.
Além do benefício para a comunidade, as atividades extensionistas agregam um inestimável valor à formação dos alunos, que passam a ter uma visão integrada, multidimensional e holística da realidade. Tal visão possibilita que sejam formados profissionais que aliam em suas práticas tanto os conhecimentos técnicos e teóricos, expressos pela sequência disciplinar de seus cursos, como a responsabilidade social. “Mesmo com a escassez de recursos dos últimos anos, a UFF conseguiu, em 2023, ampliar o quantitativo de bolsas em relação ao ano passado e aumentar seu valor de 400 para 700 reais”, ressalta Leila.
Já o reitor da universidade, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, reforça que a incorporação das atividades de extensão nos cursos de graduação reflete o compromisso da UFF em formar profissionais não apenas capacitados em suas áreas, mas também conscientes de sua responsabilidade social. “Por meio da extensão, nossos alunos têm a oportunidade de vivenciar e aplicar seus conhecimentos em situações reais, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade e promovendo transformações significativas. Estamos orgulhosos dos resultados alcançados até o momento e continuaremos trabalhando para que a extensão seja uma prática cada vez mais presente em todos os nossos cursos”.