Os últimos meses não têm sido fáceis para o mundo inteiro. Alteramos nossa rotina. Mudamos nossa forma de sair de casa, falar com as pessoas, fazer compras, trabalhar e muito mais. No entanto, para diferentes grupos de vulnerabilidade social os impactos da pandemia são ainda mais complexos, a exemplo das mães. Com a quarentena, se intensificaram as demandas domésticas, e elas têm que se tornar recreadoras e educadoras, além de dar conta do trabalho a distância. Esse excesso de tarefas e expectativas em relação a elas pode levar à exaustão, quadros de adoecimento, além de sofrimento físico e psicológico.
Ao observar depoimentos de mães angustiadas com a sobrecarga que estão vivendo, as professoras Jacqueline Gomes e Fernanda Insfran, do Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior (Infes), e as psicólogas Cristiane Lima, Débora Souza e Ana Muniz criaram o Grupo de Escuta e Reflexão “Maternagem na Quarentena”. O coletivo realiza debates onde se propõe uma “escuta empática” e diversas reflexões sobre os desafios da maternagem. “Um primeiro passo que buscamos é o olhar generoso da mãe sobre si mesma. A maternidade e a maternagem não precisam ser um ideal inatingível e angustiante. É fundamental que a mãe se entenda como uma pessoa, passível de erros e acertos, e que se permita observar a maternidade e a maternagem como campos de possibilidades. Portanto, campos em construção e reconstrução”, afirma Jaqueline.
Os temas do debate são escolhidos pelas mães via grupo de Whatsapp e as reuniões são feitas por meio do aplicativo JitsiMeet. As inscrições podem ser feitas através do e-mail: jsgomes@id.uff.br. Saiba mais sobre essa iniciativa aqui.