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2021 celebra os sessenta anos da Orquestra Sinfônica Nacional UFF

2021 celebra os sessenta anos da Orquestra Sinfônica Nacional UFF

Neste dia 12 de janeiro de 2021 se iniciam as comemorações dos 60 anos da Orquestra Sinfônica Nacional, pouco mais de vinte dias da celebração dos sessenta anos da própria Universidade Federal Fluminense, ocorrida em 18 de dezembro de 2020.
Para o reitor Antonio Claudio Lucas da Nobrega, “essa convergência de datas revela uma sinergia de desafios comuns entre a UFF, universidade pública com maior número de alunos no país e a OSN, importante patrimonio da arte brasileira. E se o momento é difícil, é preciso orientar nossas instituições para seu compromisso primeiro com a educação e a cultura brasileiras”, destaca o reitor.
Abrindo a celebração, ainda de forma virtual, a Orquestra Sinfônica Nacional UFF apresenta um vídeo que reúne suas diferentes gerações com a participação do contrabaixista Sandrino Santoro, da flautista Odette Ernest Dias e do clarinetista José Botelho, músicos aposentados que trazem um pouco da história da Sinfônica Nacional. Com eles, a composição atual do grupo, hoje com 82 integrantes, interpreta as Bachianas Brasileiras nº 7, de Heitor Villa Lobos.
Breve histórico
A Orquestra Sinfônica Nacional foi criada através de decreto assinado em 12/01/1961 pelo Presidente da República Juscelino Kubitschek com a finalidade primeira de fomentar e difundir a música sinfônica do país. Foi constituída pelos músicos da Rádio Nacional, tornando-se uma ‘orquestra rádio sinfônica’ nos moldes de outras grandes orquestras internacionais. Grandes nomes integraram a OSN, como Francisco Mignone, Edino Krieger, César Guerra Peixe, Hekel Tavares, Camargo Guarnieri, Mario Tavares, entre outros, não somente com suas participações enquanto músicos, mas também na regência de suas próprias obras. Na década de 1970, a Rede de Televisão TVE – Cultura fazia o registro e a transmissão dos concertos semanalmente, oportunizando que o trabalho da OSN fosse conhecido pelo grande público.

Em meados da década de 1980, com a extinção do Serviço de Radiodifusão do Ministério da Educação, teve início o processo de migração da Sinfônica Nacional para a Universidade Federal Fluminense, concluído em 1986.

A partir de 2009, com a vacância da regência titular, o corpo artístico decide implementar uma maneira diferenciada de trabalhar, mais autônoma, e constitui uma Comissão formada pelos próprios músicos que passa a definir a linha de atuação artística da orquestra, afirmando sua identidade, seus objetivos e diretrizes.

Hoje, a Sinfônica Nacional UFF permanece cumprindo sua missão de difundir a música sinfônica brasileira, e integrando a Superintendência Centro de Artes UFF desenvolve suas temporadas através de Séries Artísticas (Alvorada, Popular e Cine) e projetos didáticos e especiais, além de registros importantes como “OSN interpreta compositores de hoje”, “O menestrel e o sertão mundo – Elomar e Orquestra Sinfônica Nacional UFF” e “OSN UFF interpreta Edino Krieger – Homenagem aos 90 anos do compositor”, lançados em 2016, 2017 e 2019, respectivamente.

Em 2019, a OSN UFF passou por um importante processo de renovação, tendo a Universidade Federal Fluminense priorizado a realização de concurso público para músico, integralizando seu quadro artístico no último ano. Ainda em 2020, no contexto da pandemia, a Universidade não mediu esforços para que a Sinfônica Nacional garantisse suas atividades, agora em formato virtual, com a produção de novas séries e vídeos musicais disponibilizados nas plataformas digitais com alcance de mais de 40 mil visualizações durante todo o ano. É a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense buscando novas possibilidades de difusão da música brasileira.
60 anos da OSN UFF
Nesse ano de comemorações, as atividades têm início ainda nas redes sociais e canais do youtube do Centro de Artes e da OSN UFF e se estendem nesse formato com a divulgação de registros da produção da orquestra ao longo desses 60 anos. Villa Lobos, com as Bachianas Brasileiras nº7, será o primeiro de vários produtos audiovisuais que serão produzidos este ano em diálogo com a história e o fazer artístico da Sinfônica Nacional, que se fortalece enquanto grupo atuante, que busca a renovação e a pesquisa e que tem suas raízes no passado, mas não perde o olhar para o futuro.
Outras ações
Para esse ano, com foco no segundo semestre e na expectativa de um retorno presencial, a OSN pretende brindar seu público com uma agenda de concertos com a participação de solistas e regentes convidados no âmbito das suas séries principais.
Em complemento a essas ações, será realizado um documentário enfocando a história e o legado da OSN, com depoimentos de regentes, solistas, músicos, gestores e pessoas que participaram do processo de crescimento da Orquestra. Esse material será entremeado  ao registro de um Concerto Comemorativo dos seus 60 anos, acompanhando as etapas de preparação, ensaios e apresentação artística, alternando os bastidores do espetáculo com a recepção do público.
As comemorações desse ano preveem também a realização de um “Concerto em Celebração à Vida” (no encerramento da temporada), exaltando o cenário de um retorno ampliado ao convívio social e cultural no país, marco tão almejado diante do quadro que assola todo o planeta.

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