Evento
Cervejaria Mafia
Estrada Francisco da Cruz Nunes, 9777 – Itaipu, Niterói – RJ, 24340-000
Vamos falar de liberdade, diversidade e democracia?
Apresentação 1
Do Sesquicentenário ao Bicentenário: comemorar a independência do Brasil em contextos autoritários (1972 e 2022)
Janaina Cordeiro
http://lattes.cnpq.br/7651230332566234
Janaína Cordeiro é Professora Adjunta de História Contemporânea do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutora em História pela UFF (2012), com estágio de doutoramento pelo Centre d ‘Histoire de Sciences Politiques de Paris (2009-2010, Bolsa CAPES-COFECUB) e Mestra pela mesma instituição (2008). Graduada em História pela Universidade Federal de Viçosa (Bacharelado – 2006; Licenciatura – 2005). É Bolsista de Produtividade do CNPq, nível 2 e Jovem Cientista do Nosso Estado da Faperj. Pesquisadora vinculada ao Núcleo de Estudos Contemporâneos (NEC/UFF) e ao EUROPA – Núcleo de Estudos em História Moderna e Contemporânea. Possui Pós-Doutorado pela UFF (CNPq, 2012-2013 e FAPERJ Nota 10, 2013-2014) e pela UNICAMP (CNPq, 2021-2022). Autora dos livros “A ditadura em tempos de milagre: comemorações, orgulho e consentimento” (FGV, 2015) e “Direitas em movimento: a Campanha da Mulher pela Democracia e a ditadura no Brasil” (FGV, 2009).
Apresentação 2
Samba e democracia: Cultura negra como política
Vinicius Natal
http://lattes.cnpq.br/2302062944041364
A proposta de fala é abordar alguns aspectos da história do samba urbano do Rio de Janeiro e observar como, a despeito de um estado que imprime um modelo opressor à classes negras trabalhadoras, os sambistas das escolas de samba utilizaram, ao longo do século XX, estratégias de afirmação política e negociação fortalecendo e construindo a ideia de democracia brasileira.
Vinicius Natal é Doutor em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, instituição na qual também se tornou mestre, pelo mesmo curso. Possui Pós-Doutorado pelo Instituto de História da Arte, na UERJ. É graduado em História pela Universidade Federal Fluminense e possui curso técnico em Publicidade e Propaganda, pela Escola Técnica de Comunicação. Atuou como pesquisador do Centro Cultural Cartola, atual Museu do Samba, instituição responsável pelo encaminhamento do dossiê que titulou as matrizes do samba do Rio de Janeiro como patrimônio imaterial brasileiro (IPHAN); Também foi Diretor Cultural do GRES Unidos de Vila Isabel, coordenando a instalação de um centro de memória – físico e virtual – www.vilaisabelcultural.com.br – além de implementar a constituição de um acervo de memória oral com componentes da agremiação, dando origem ao documentário “Kizomba – 30 anos de um grito negro na Sapucaí”; Exerceu a função de Coordenador de Promoção das Políticas de Igualdade Racial – CPIR – do município do Rio de Janeiro, articulando políticas públicas para a questão racial na cidade, agindo na implementação do MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira – e do Centro de Interpretação do Cais do Valongo, patrimônio mundial sensível titulado pela UNESCO. É autor do livro de crônicas “As Titias da Folia: O Brilho Maduro das Escolas de Alta Idade”, “Cultura e Memória nas Escolas de Samba do Rio de Janeiro: Dramas e Esquecimentos” e “Cenografia Carioca: Carnaval e Outros Fragmentos”. Hoje, atua como pesquisador do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, onde elaborou, em 2020, junto de Gabriel Haddad e Leonardo Bora, o enredo “Tata Londirá: o canto do caboclo no quilombo de Caxias”, sobre o pai de santo Joãozinho da Gomeia” e, em 2022, o enredo “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu, campeão do carnaval do Rio de Janeiro.
Apresentação 3
DEMOCRACIA E OSTRACISMO NA CIDADE DE ATENAS (SÉC. V a.C.)
Prof. Dr. Alexandre Santos de Moraes (História/UFF)
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A questão do cancelamento, uma forma de repulsa social comum em nossos dias, é um método rasteiro de enfrentar adversários políticos. Os julgamentos morais usados em disputas eleitorais, muitas vezes alimentados por notícias falsas, seguem protocolo semelhante. A democracia em Atenas tinha um recurso que muitos entendem como uma forma de repulsa social: o ostracismo. Uma vez por ano, os cidadãos atenienses escreviam o nome de alguém em um óstraco (um pedaço de cerâmica) e depositavam para serem contabilizados. Caso condenado, o sujeito deveria permanecer 10 anos no exílio. Vamos conversar sobre essa forma de julgamento político e sua relação com a democracia de Atenas no século V a.C..
Alexandre dos Santos Moraes é professor do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense. Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006), mestrado em História Comparada pelo Programa de Pós-graduação em História Comparada (2009) da mesma universidade e doutorado em História pelo Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense (2013).