A Laguna de Araruama, uma das maiores lagunas hipersalinas do mundo, enfrenta uma crise ambiental devido ao excesso de nutrientes, aos fluxos sedimentares e à ação humana. Um estudo conduzido pela geoquímica Cleuza Leatriz Trevisan em sua pesquisa de doutorado, realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF), revela que a poluição por esgoto e a liberação de fósforo e nitrogênio dos sedimentos estão acelerando a eutrofização do ecossistema, comprometendo a pesca, o turismo e a biodiversidade local. Dentre as soluções viáveis, destacam-se a ampliação do saneamento básico, a redução do aporte de nutrientes e a implementação de fazendas de algas como alternativas promissoras para mitigar os impactos ambientais. “Investir em medidas de remediação ambiental que purificam o sedimento, como a implantação de fazendas de algas, é o meio mais eficiente para reduzir o aporte de nutrientes na coluna d’água da laguna”, aponta a pesquisadora.