Pesquisa de professora do Departamento de Sociologia e Metodologia das Ciências Sociais da UFF revela raízes do racismo estrutural nas unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) do Rio de Janeiro. Intitulado “Suspeição generalizada: uma abordagem interseccional sobre expectativas e procedimentos de segurança na medida socioeducativa de internação”, o estudo analisa como práticas discriminatórias de profissionais de segurança contribuem para a estigmatização de jovens negros internados e de suas famílias. A pesquisadora e professora, Juliana Vinuto Lima, evidencia como o termo “sementes do mal”, utilizado por agentes para rotular esses adolescentes, reforça uma visão essencialista e racializada, mas aponta mudanças estruturais que podem fazer diferença para reduzir as desigualdades.