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Ministra da Bélgica é recebida na UFF. Universidades brasileiras e belgas devem aumentar o intercâmbio em cinco áreas

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Em visita à UFF, no dia 14, a ministra do Ensino Superior e da Pesquisa Científica da Bélgica, Marie-Dominique Simonet, revelou a intenção de aumentar o intercâmbio com as universidades brasileiras em cinco áreas consideradas prioritárias pelos dois países: transporte e logística; agroindústria; aeronáutica espacial; biotecnologia; e mecânica, nanotecnologia e materiais.
Segundo a ministra, “trabalhar em conjunto nos permite avançar mais rapidamente e realizar o que chamamos de um salto tecnológico”. Na ocasião, foi assinado o termo aditivo ao acordo entre a Universidade de Liège e a UFF, na área de engenharia mecânica, tendo como objetivos a organização de programas de ensino e/ou de formação, com a emissão de certificados conjuntos e a possibilidade de cooperar em projetos de pesquisa, ensino e formação continuada, com ênfase em construção naval.
Este foi um dos acordos assinados no Brasil. Na comitiva, de cerca de 40 pessoas, chefiada pela ministra, estiveram delegações das três maiores universidades (Louvain, Liège e Universidade Livre de Bruxelas) da região francófona da Bélgica, além de professores e representantes de institutos de pesquisa e de uma dezena de jornalistas das TVs e jornais belgas.
Outros acordos, em mais quatro áreas – economia, filosofia, letras e ciência de materiais -, foram assinados pelas universidades belgas com as universidades de São Paulo (USP) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O objetivo é aumentar a colaboração, no nível de doutorado, em áreas consideradas pólos de competitividade. Segundo o vice-reitor da Universidade de Liège, Albert Corhay, “as instituições belgas querem receber mais estudantes brasileiros e enviar para o Brasil os melhores elementos”.
No encontro, realizado no Teatro da UFF, estiveram presentes o embaixador da Bélgica, Johan Ballegeer, o secretário de Governo, Herval Basílio Filho, representando o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, o reitor da UFF, Roberto Salles, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Humberto Fernandes Machado, o assessor para Assuntos Internacionais, Jorge João Abrão, o assessor para Projetos Institucionais, Heraldo da Costa Mattos, a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e do convênio UFF-ULg, Maria Laura Martins-Costa, e acadêmicos de diversas áreas da universidade.
Atualmente, já existem acordos isolados com algumas universidades brasileiras, como o de pesquisa paleontológica e de física nuclear com a UFRJ; na área de gestão e bioquímica com a USP; de administração com a Universidade Federal de Minas Gerais, além de colaboração com universidades de Santa Catarina e Paraná. Uma colaboração importante e antiga, na área de veterinária, é a estabelecida com a Universidade do Sudeste da Bahia, em Vitória da Conquista, para melhoramento das raças bovinas, que já vigora há dez anos.
Com a UFF, além da cooperação com o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, existe a proposta de se estabelecer um projeto para estudo da mobilidade em geral do transporte multimodal em Niterói, outro domínio que faz parte do acordo com a Universidade de Liège. Esta universidade belga é conhecida por suas pesquisas na área espacial, na construção de espelhos e telescópios para satélites, tendo, inclusive, uma colaboração bastante intensa com a Agência Espacial Européia.
Na área de biotecnologia, há grande interesse em colaboração e intercâmbio. Segundo Corhay, a idéia é ter uma abordagem multidisciplinar nesse domínio, com médicos, veterinários, químicos e físicos, em conjunto com industriais, com o objetivo de criação de inovação científica para a sociedade.
Também para o reitor da Universidade Livre de Bruxelas, Philippe Vincke, a possibilidade de ver a criação de produtos que se originaram na universidade, fazendo a ligação entre o mundo acadêmico e o industrial, é muito importante. Na Bélgica, afirma, algumas empresas foram criadas a partir das pesquisas universitárias, na área de produtos probióticos, como germes láticos, por exemplo. “Estamos empenhados em desenvolver colaboração nesse sentido, criando interações que podem ser interessantes para os dois parceiros”, diz Vincke.
Do Brasil, a comitiva belga seguiu para o Chile, país com o qual já existem relações de intercâmbio estabelecidas. Com esses acordos, os doutorandos e pesquisadores têm um orientador ou tutor em cada país, desenvolvem suas pesquisas nos dois centros de estudos e apresentam a tese nos dois endereços. Ao final, recebem um diploma com o nome das duas universidades.

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