A abertura da exposição “Gilberto Emílio Chaudon – Faces”, ocorreu nesta quinta-feira, dia 14 de setembro, no Centro de Memória Fluminense (CMF), localizado na Biblioteca Central do Gragoatá. Parentes do homenageado, incluindo sua viúva Gláucia Martins Chaudon, estiveram presentes na cerimônia que serviu para oficializar a doação de parte do acervo do arqueólogo ao CMF.
O título da exposição, “Faces”, deve-se “às mil facetas do professor, arqueólogo, escritor, pintor e historiador Emílio Chaudon”, explicou a coordenadora do evento, Maria José da Silva Fernandes, do CMF.
A mostra, realizada em parceria com o filho do artista, Henrique Chaudon, é comemorativa do centenário de nascimento do antropólogo, nascido em 10 de setembro de 1906. A exposição conta com um acervo detalhado sobre sua vida familiar e profissional: documentos e fotos pessoais, quadros de sua autoria e um catálogo contendo livros e periódicos do escritor.
Ao longo dos seus 96 anos de vida, o historiador – que morreu em 25 de dezembro de 2002 – manteve uma ligação muito forte com Niterói. Mineiro de Belo Horizonte, veio para a cidade ainda criança, gerando admiração recíproca entre o município e seu pesquisador. Tal reconhecimento veio por meio de algumas homenagens a ele conferidas: o diploma de Cidadão Honorário de Niterói, concedido pela Câmara Municipal em 1994, e a Comenda da Ordem de Mérito Araribóia, na Câmara dos Vereadores, em 10 de novembro de 1988.
Para seu filho, a doação desse acervo é uma forma de compartilhar vida e obra de seu pai. “A exposição dá uma visão conjunta da história dele às pessoas que não o conheceram”, disse.
A parte do acervo pessoal do professor referente a arqueologia foi doada ao Centro Brasileiro de Arqueologia. A referente ao Estado do Rio, foi cedida ao Centro de Memória Fluminense respeitando, assim, a vontade de Chaudon, um dos sócios-fundadores da Sociedade de Amigos do Centro de Memória Fluminense (Sacem).
A exposição poderá ser vista até o dia 14 de novembro.