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UFF entra na era das células-tronco

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No dia 13 de julho, a UFF participou, pela primeira vez, de um estudo sobre implante de células-tronco no coração de um paciente, realizado pelo serviço de cardiologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap). O implante faz parte de um projeto nacional do Ministério da Saúde e envolve hospitais de 13 estados brasileiros. No Rio, participam ainda Uerj, UFRJ, os hospitais de Cardiologia de Laranjeiras e o Pró-cardíaco, sendo a UFF a primeira das universidades do estado a realizar a cirurgia.
O estudo vai levar de dois a três anos para ser concluído, realizando implantes e acompanhamentos em 1,2 mil pacientes cardiopatas de todo o país. Foram selecionadas as quatro causas de cardiopatias mais freqüentes, e cada uma delas incluirá 300 pacientes. A UFF participa do grupo que fará os implantes em pessoas com cardiomiopatia dilatada, aquelas que têm o coração aumentado de tamanho devido a causa desconhecida.
Nos demais grupos, um fará aplicação das células-tronco durante as cirurgias cardíacas para colocação de pontes de safena; outro, em pacientes de Mal de Chagas e o quarto, naqueles com infarto agudo do miocárdio.
A intenção do Ministério da Saúde é que, uma vez que os resultados do implante sejam positivos e benéficos para os pacientes, estejam disponíveis para toda a população, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). O tratamento não é caro, e a vantagem é que não exige nenhuma prótese, explicou o médico André Luiz Silveira Sousa, que coordenou os esforços da equipe multidisciplinar, de cerca de 20 profissionais, na realização dos procedimentos no Huap. As células são retiradas da medula óssea do próprio paciente, preparadas e, no mesmo dia, introduzidas no coração, através de um cateter.
No Huap, outros pacientes já estão fazendo exames e “check up” para serem incluídos no projeto. Alguns dos critérios para inclusão determinam que sejam pessoas na faixa dos 18 aos 65 anos; que tenham o coração muito dilatado; que já estejam recebendo o tratamento convencional na sua dosagem máxima e que, mesmo assim, continuem com sintomas de falta de ar e cansaço.
O paciente que recebeu o primeiro implante, em Niterói, não teve seu nome divulgado, mas é do sexo masculino, tem cerca de 56 anos de idade, já está em casa, passa bem e, durante o período de acompanhamento, passará por exames e consultas regulares, de acordo com o determinado pelo programa de estudos, que tem a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

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