Em novembro de 1953, o professor Luiz de Castro Faria ajudou a organizar a primeira Reunião da Associação Brasileira de Antropologia. Passado meio século, antropólogos brasileiros e estrangeiros voltam a se encontrar na 25ª edição do evento, no próximo domingo, dia 11 de junho, em Goiânia, onde será lançado o livro “Antropologia – Escritos Exumados 3: lições de um praticante” (EdUFF, 378 p.). A apresentação do terceiro e último volume da série faz parte das homenagens ao professor, que conta ainda com um colóquio e a exposição “O trabalho de campo e a antropologia: Luiz de Castro Faria”, sob a curadoria do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MCT).
“Professor de geração de professores”, na designação de Antonio Carlos de Souza Lima, organizador do livro, Luiz de Castro Faria iniciou sua carreira em 1938, participando, como representante do Museu Nacional e do Conselho de Fiscalização, da última grande expedição etnográfica do século XX: a expedição à Serra do Norte, chefiada por Claude Lévi-Strauss. Por cinco décadas lecionou na Universidade Federal Fluminense, tendo ministrado aulas na Universidade de Paris e no London College.
Em “Antropologia – Escritos Exumados 3: lições de um praticante” estão reunidas as ementas dos cursos por ele ministrados nos programas de pós-graduação em Antropologia do Museu Nacional e da UFF, além de textos de seus alunos/colaboradores: Moacir Palmeira, Simone Lahud Guedes, Roberto Kant de Lima, Alfredo Wagner Berno de Almeida e Afrânio Garcia Jr. Segundo Antonio Carlos, o livro “apresenta a um público amplo o incansável (e prazeroso) movimento de pesquisa em torno de um conjunto de temas e problemas, da constituição de campos de saber, e de saberes, de espaços institucionais”.