A apresentação de uma nova proposta de coleta seletiva de lixo no bairro de São Francisco será feita para entidades que trabalham com catadores e técnicos de diversos setores da cultura (bibliotecários, museólogos, filatelistas, restauradores, etc.) dia 23 de maio, no Centro de Memória Fluminense, 1º andar da Biblioteca Central do Gragoatá, São Domingos, Niterói.
A coleta seletiva em São Francisco, iniciada em 1985, foi pioneira no Brasil. Voltada inicialmente para a recuperação de materiais recicláveis, hoje, se encaminha para o reaproveitamento também de inúmeros outros materiais aos quais se tem prestado pouca atenção.
Neste novo projeto, não apenas parafusos, pregos, tintas, lixas, pincéis, material elétrico, hidráulico ou mesmo escolar são objetos de atenção e análise. Mas também livros, revistas, cartões postais, selos, moedas, fotos, discos, etc. com inestimável valor para a cultura e a memória.
O desafio dessa nova etapa da coleta é desenvolver e repassar para outras cidades metodologias para triagem, armazenamento correto e comercialização adequada desses materiais.
O projeto, coordenado por Emílio Eigenheer, recebeu apoio financeiro do CNPq para 18 meses de trabalho. Livro, cartilha e DVD estão previstos para disseminar a proposta. Para a apresentação foi preparada uma exposição com materiais já colecionados e classificados.
Além do Centro de Informação sobre Resíduos Sólidos e do Centro de Memória Fluminense da UFF, participam da pesquisa a Uerj, a Clin e o Centro Comunitário de São Francisco.