Em entrevista concedida à Fundação Mudes, o pró-reitor de Extensão da UFF, professor Jorge Luiz Barbosa, afirmou que os ingressantes no mercado de trabalho devem fazer seu próprio futuro profissional. Não devem ser apenas objetos do mercado e, sim, agirem como sujeitos de construção, respondendo com criatividade, competência, solidariedade e ética aos desafios que encontrarem.
O professor ressaltou a relevância do primeiro estágio, que consiste na transformação do conhecimento da universidade em uma ação intencional. É também um momento de troca de saberes, pois o estagiário passa a conviver com profissionais já experientes. O estágio remunerado é importante como fonte de renda para garantir as condições básicas do estudante, principalmente dos muito jovens, oriundos de famílias de baixa renda. Barbosa disse que as concepções de estágio expostas por ele se diferenciam radicalmente de concepções e práticas que ainda existem. “Em empresas e instituições privadas e públicas o estágio é reduzido a um mero cumprimento de tarefas e/ou uso de força de trabalho de baixo custo.”
Como sugestão a um estudante que busca colocação no mercado de trabalho por meio do estágio, o pró-reitor afirma que não há caminhos predeterminados. Mas o estágio como espaço-tempo de aprendizado é decisivo para a construção de rumos para o exercício profissional, sobretudo quando relaciona a prática do conhecimento com compromissos sociais mais amplos. E finaliza: “É desse mesmo tecido social que é feito o envolvimento dos estudantes e dos docentes nas ações de extensão da UFF, principalmente no âmbito de projetos e programas na área de direitos humanos, educação, habitação, saúde, cultura e tecnologia voltados para comunidades de baixa renda.”