A 1ª Niterói Fenashore foi encerrada com boas perspectivas para o crescimento do setor naval e offshore na cidade. O total de investimentos anunciados na feira para os próximos três anos totaliza 624 milhões de dólares. Dentro do mesmo período, espera-se gerar 6.750 empregos. A Rodada de Negócios, da qual participaram treze empresas âncoras e 101 fornecedoras, prevê negócios da ordem de R$ 76 milhões.
Cerca de 13.600 pessoas visitaram o evento, que contou com a Conferência organizada pela UFF, com Rodada de Negócios, com palestras informativas, arena de responsabilidade social e outras atividades, durante quatro dias.
O stand da universidade, visitado por mais de mil pessoas, contou um pouco da história da construção naval em Niterói, por meio de um acervo de fotografias, que mostram os estaleiros existentes na cidade em várias épocas, desde o início do século XX. O professor Heraldo da Costa Mattos, da Coordenação de Projetos Científicos e Tecnológicos (CPCT) da UFF avalia a realização do evento e da conferência. “A conferência atingiu os objetivos na discussão da retomada do setor naval. Foi grande o espaço dado para as questões acadêmicas, além disso, a movimentação na feira foi maior do que era esperado”.
Para o diretor da Escola de Engenharia da UFF e do Niterói Polotec, Emmanuel Paiva de Andrade, a feira pode trazer desdobramentos bastante positivos para a universidade. “Fizemos uma articulação fantástica entre indústria e universidade. Estabelecemos contatos com uma série de empresas, inclusive, muitas se mostraram interessadas em participar da nossa semana de engenharia”. Ele anuncia também uma possível rodada de negócios a ser realizada na universidade entre grandes empresas e laboratórios de tecnologia. De acordo com o professor houve conversas com o Sebrae para que a atividade possa se concretizar.
O representante do Foro Marítimo Basco, Prudêncio Peña, um dos conferencistas convidados, elogiou o evento e afirmou que a UFF tem um papel imprescindível no desenvolvimento industrial da cidade. “Já visitei feiras como esta de vários portes, em todo o mundo, mas nunca vi uma deste tamanho e com tanta movimentação. Creio que a participação e o envolvimento da universidade foram cruciais para isso”.