Por decisão da Universidade Federal Fluminense, o Pólo Universitário de Rio das Ostras (Puro) fará a inscrição de disciplinas nos dias previstos no calendário da UFF, garantindo o direito constitucional de nossos estudantes em prosseguir os seus estudos na universidade pública.
A notícia veiculada na imprensa de que estariam suspensos os seis cursos oferecidos pela UFF em Rio das Ostras, por determinação do TCE, induz o leitor a um entendimento parcial, senão equivocado, dos fatos.
É certo que há um impasse entre a UFF e a Prefeitura atual de Rio das Ostras com relação à execução do convênio estabelecido na administração anterior do município. O projeto de criação do Pólo Universitário, sonhado pelo então prefeito de Rio das Ostras e pelo reitor da UFF, apontava para a construção de uma verdadeira universidade pública para a Região dos Lagos. Naquele momento, as duas diferentes instituições, federal e municipal, honraram os seus compromissos, investindo recursos humanos e financeiros para a concretização do Puro, como embrião do que viria a ser o projeto dos sonhos.
Com a mudança de gestão, a atual administração municipal não demonstra compartilhar dos mesmos ideais de outrora e, alegando dificuldades financeiras e/ou burocráticas, busca, de todas as maneiras, dificultar a continuidade das aulas, prejudicando mais de 460 alunos. É legítimo que um município possa rever seus compromissos e repactuar convênios já estabelecidos, mas isso não é motivo para interromper o funcionamento de uma universidade pública, respeitada nacional e internacionalmente, causando tamanho transtorno social. Lamentavelmente, esses pequenos entraves poderiam ter sido resolvidos por entendimentos jurídico-administrativos entre os parceiros.
Nós, da administração da UFF, incluindo toda a comunidade, não vamos nos abater com esse impasse e continuaremos dispostos a prestar os devidos esclarecimentos a todas as esferas nos âmbitos municipal, estadual e federal, pois tal impasse momentâneo é insignificante perto da importância desse projeto que interioriza a universidade pública, que socializa o conhecimento e que leva ao desenvolvimento regional.