A Universidade Federal Fluminense sempre se destacou pelos seus projetos de extensão. São mais de 300 – o que ajuda nessa diferenciação –, além do fato de a UFF ser espalhada por toda a cidade de Niterói, contribuindo com trabalhos voltados para a comunidade. Dentre tantos projetos, o Futuro nas Escolas, da professora Helena Carla Castro, do Departamento de Biologia Celular e Molecular, recebeu o primeiro lugar com o 2º Prêmio de Extensão Josué de Castro em 2004.
No início, o objetivo era investigar concepções de professores e alunos sobre a dengue, seu agente, seu vetor, modo de transmissão e controle. Com esse estudo foram obtidos dados estatísticos que puderam auxiliar e direcionar no conteúdo de um banco de dados, jogos para crianças e histórias sobre a doença. Para isso duas universidades se uniram, a UFF e a UFRJ, além de duas fundações, a Fiocruz-RJ e a Fiocruz-BA.
O projeto, contudo, não se restringiu ao trabalho com a dengue, reunindo alunos de extensão para a criação de um grupo multidisciplinar, que atua em conjunto para distribuir informações científicas para o público infanto-juvenil. Os objetivos atuais são a prevenção à obesidade – uma patologia que afeta tanto a população mundial como o público infanto-juvenil – e a criação de material paradidático para aulas mais interativas de ensino fundamental e médio. Para este último trabalho, tópicos básicos dos currículos dos ensinos médio e fundamental são escolhidos por professores para a confecção desse material. O projeto tem ainda por meta estender o nível de complexidade do programa para atingir o ensino superior e profissionais da saúde.
Sendo um projeto de extensão, alunos de diferentes cursos da universidade podem participar. O projeto vale, para estes alunos, como disciplina optativa de 50 horas, com o nome de “Atividade de Extensão I”, além de oferecer frutos de um trabalho engajado na comunidade, levando informação e novas formas de transmissão de ensinamento a alunos do ensino fundamental e médio.